Potencial do treinamento físico para a prevenção de danos renais em camundongos: papel da proteína ativada por AMP (AMPK)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Müller, Cynthia Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-28092018-120959/
Resumo: O acúmulo de lipídeos associado à obesidade, resistência à insulina (RI) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) pode levar ao desenvolvimento de danos renais, e diversos mecanismos podem estar envolvidos neste processo, dentre os quais: 1) redução na atividade da proteína ativada por AMP (AMPK); 2) hiperativação do sistema renina angiotensina (SRA) e consequente aumento na produção de angiotensina II (Ang II). O treinamento físico aeróbio (TFA) promove melhora metabólica significativa, no entanto, pouco se sabe sobre os mecanismos celulares induzidos pelo TFA contra o desenvolvimento de danos renais associados com doenças metabólicas. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial do TFA para a prevenção de danos renais induzidos por dieta de cafeteria, e a participação do SRA e da proteína AMPK nessa resposta. Para isso, camundongos machos adultos C57BL6/J foram separados em grupos (n=13/grupo) sedentários (SED) alimentados com dieta normocalórica (NO) ou de cafeteria (CAF) (SED-NO e SED-CAF, respectivamente) e treinados (TF) alimentados com dieta NO ou CAF (TF-NO e TF-CAF, respectivamente). O TFA foi realizado a 60% da capacidade máxima, simultaneamente com as dietas durante 8 semanas. A dieta de cafeteria causou maior adiposidade, intolerância à glicose e RI no grupo SED-CAF, enquanto o TFA preveniu esses prejuízos no grupo TF-CAF. Os animais SED-CAF apresentaram 88% de aumento no ritmo de filtração glomerular (RFG), maior deposição lipídica renal e redução do espaço de Bowman comparado ao SED-NO, as quais foram prevenidas no grupo TF-CAF. Não houve alteração no conteúdo de colágeno IV e fibronectina, entretanto o TNF-alfa aumentou em ambos os grupos alimentados com dieta de cafeteria. Houve aumento de 27% da expressão proteica da p-AMPK no grupo TF-CAF, sem diferenças na expressão de t-ACC, p-ACC, PGC1-alfa e SIRT-1. A expressão gênica do SREBP-1 não diferiu entre os grupos, porém a expressão do SREBP-2 aumentou nos grupos SED-CAF e TF-CAF comparado aos grupos SED-NO e TF-NO. No soro, apenas a atividade da ECA2 aumentou nos grupos TF-NO e TF-CAF comparados aos sedentários. No rim, a atividade da ECA aumentou 46% no grupo SED-CAF comparado ao SED-NO, e o TFA foi capaz de prevenir esse aumento. No entanto, a Ang II renal aumentou nos grupos SED-CAF, TF-NO e TF-CAF comparados ao grupo SED-NO. Não houve diferença nos componentes do SRA ECA2/Ang 1-7/Mas renal. Em conclusão, o TFA preveniu os danos renais causados pela dieta de cafeteria, tais como acúmulo de lipídeos nos rins, aumento do RFG e redução do espaço de Bowman, e essa resposta está associada, pelo menos em parte, com a maior ativação da AMPK independente da contribuição do SRA