Investigação da participação da AMPK em aspectos do catabolismo lipídico induzido pela privação alimentar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Sofia Beatriz e [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68492
Resumo: Objetivo: Investigar a participação da Proteína Quinase Ativada por Adenosina Monofosfato (AMPK) em aspectos do catabolismo de lipídios induzido pela privação alimentar. Métodos: A contribuição da β-oxidação para a longevidade de animais selvagens e animais com ganho ou perda de função da AMPK foi analisada em condições ad libitum ou de privação de alimento na ausência ou presença perhexilina, inibidor farmacológico da entrada de ácidos graxos de cadeia longa na matriz mitocondrial. A contribuição da AMPK na manutenção da saúde foi analisada em animais adultos com perda ou ganho de função para AMPK e sua movimentação foi medida em líquido nos dias 1, 5 e 10 de vida adulta. Para definir o impacto da alteração da atividade da AMPK e da privação alimentar sobre a abundância de lipídios neutros, animais adultos foram ou não submetidos a 6 horas de privação alimentar, e posteriormente corados com Oil-Red O. A participação da AMPK sobre o controle da expressão de proteínas envolvidas no catabolismo de lipídios foi investigada por meio da quantificação de RNA mensageiro, realizada em animais controle ou privados de alimento por 6 horas. O perfil temporal de ativação da AMPK em resposta à falta de alimento, foi determinado pela quantificação da fosforilação da treonina 172 da enzima por western blotting em animais selvagens submetidos à privação alimentar. Resultados: A privação alimentar aumenta o tempo de vida de animais selvagens, sendo que esse aumento depende da β-oxidação. A perda de função para AMPK diminui o tempo de vida em condições ad libitum e previne totalmente o aumento do tempo de vida induzido pela privação alimentar. O ganho de função para AMPK tem o efeito oposto, aumentando o tempo de vida em condições ad libitum assim como a resposta à privação alimentar. Em animais com AMPK constitutivamente ativa, há menor perda de movimentação durante o envelhecimento quando comparado à linhagem selvagem ou com perda de função para AMPK. O ganho ou perda de função da AMPK não parece afetar o consumo de lipídios de reserva e a expressão de enzimas do catabolismo lipídico após 6 horas de privação de alimentos em comparação ao grupo selvagem Por fim, a ativação da AMPK parece ser tardia, porém duradoura. Conclusões: A AMPK tem ativação tardia, em resposta à privação alimentar. A ativação dessa enzima é necessária para o aumento no tempo de vida em resposta à privação alimentar, assim como para a manutenção da saúde do animal durante o envelhecimento em dieta ad libitum. Seis horas de privação alimentar levam ao consumo de lipídios corporais, assim como à alteraçaõ da expressão de enzimas envolvidas no catabolsimo de lipídios, efeitos que não parecem depender da AMPK.