Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Guida, Larissa Chiulli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-02012024-124548/
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Resumo: |
Observou-se nos últimos anos uma crescente demanda dos investidores financeiros por ativos considerados seguros, em especial pela apropriação de terras e recursos naturais. Com a alta nos preços das commodities agrícolas, fundos financeiros foram atraídos pela possibilidade de obter altas rentabilidades neste setor. Os expressivos investimentos na produção agrícola mundial desencadearam o fenômeno que ficou conhecido como land grabbing, onde empresas transnacionais passaram a adquirir e arrendar terras em países com essa disponibilidade. Nas terras brasileiras, a agroindústria canavieira está entre os setores que mais expressam tal fenômeno, promovido pela recente abertura de capital de empresas nacionais e pela entrada de transnacionais. Um dos grupos que se territorializou neste setor foi o Grupo Adecoagro, uma transnacional fundada em 2001 na Argentina, que se expandiu para o Brasil e Uruguai e atualmente é um dos principais produtores de alimentos e energia renovável da América do Sul. No Brasil, a empresa se destaca justamente no setor sucroenergético e produz através de três usinas próprias: Monte Alegre, em Minas Gerais (que foi adquirida) e outras duas construídas em Mato Grosso do Sul, formando a empresa subsidiária Adecoagro Vale do Ivinhema. Nesse contexto, este trabalho analisou e pesquisou a territorialização da Adecoagro, a partir da expansão da produção sucroenergética em Mato Grosso do Sul, nos municípios de Angélica e Ivinhema, com a finalidade de compreender as estratégias de acumulação de uma empresa transnacional controlada por investidores financeiros. Para tanto, foi feito levantamento de dados secundários e primários, revisão bibliográfica e produção cartográfica. Observou-se o controle do processo produtivo no campo através da expansão da produção canavieira em região considerada de fronteira, que não possuía histórico de produção dessa cultura. O capital financeiro, por meio da territorialização da empresa em questão, determinou e monopolizou a produção agrícola, impulsionou o mercado fundiário e interferiu, mesmo que indiretamente, no acesso à terra e reprodução dos trabalhadores e produtores familiares da região. |