Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Rubens Marcelo de Campos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-05122024-170438/
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Resumo: |
A mudança nas relações Brasil-China é um elemento crucial na composição de uma nova dinâmica territorial no Brasil. Essa mudança pode ser notada, entre muitos exemplos, nas relações comerciais, nos Investimentos Diretos chineses no Brasil e em projetos de engenharia brasileiros com participação de empresas chinesas no início do século XXI. Esse estudo nos permite avançar em uma série de elementos da teoria urbana contemporânea, como, por exemplo, a relação entre industrialização e urbanização em tempos de financeirização e neoliberalismo, e nos permite ainda fazer uma crítica à proposta de circuitos do capital, através de uma análise do conceito de infraestrutura. O desenvolvimento recente chinês, base da mudança de relação com o Brasil, vem sendo conduzido pelo processo de urbanização e tem um forte peso do setor de infraestrutura, o que pode ser observado em projetos como a Belt and Road Initiative. A mudança de relações com o Brasil se encontra com um ambiente construído brasileiro que se coloca ao mesmo tempo como base e como barreira ao seu desenvolvimento. Esse ambiente construído foi moldado a partir das relações com o Reino Unido, especialmente pela construção de ferrovias para a exportação de café no fim do século XIX, e com os EUA, através dos investimentos na indústria automobilística em meados do século XX. A nova dinâmica territorial que se conforma no início do século XXI se expressa a partir de algumas contradições importantes, como entre os elementos internos e externos da acumulação de capital no Brasil – o que pode ser analisado a partir do PIB e da balança comercial – e entre as concentrações geográficas mais consolidadas e novos espaços de expansão, o que se expressa na escala regional em uma polarização entre o Arco Norte e a Região Concentrada – o que pode ser analisado partir de produtos exportados como a soja, o minério de ferro e o petróleo, assim como a movimentação portuária brasileira mais recente. Essa discussão nos permite colocar em diálogo estudos da produção do espaço brasileiro com outras tradições da comunidade científica brasileira, como das áreas de Economia e Relações Internacionais, e trazer assim uma contribuição ao debate atual em torno das relações Brasil-China a partir da dinâmica do território brasileiro |