A presença geoeconômica da China na América do Sul (2010-2020) : evolução dos investimentos em infraestrutura energética no Brasil e Argentina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lopes Filho, Carlos Renato da Fonseca Ungaretti
Orientador(a): Haffner, Jacqueline Angélica Hernández
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/246524
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo identificar o padrão e a lógica dos investimentos chineses em infraestrutura energética no Brasil e Argentina durante a última década (2010- 2020). Em um primeiro momento, aborda-se o fenômeno da ascensão chinesa a partir de uma perspectiva sistêmica e estrutural, bem como os determinantes e fundamentos de sua estratégia de internacionalização econômica no século XXI, conhecida como going global. Com base nisto, são delineadas as manifestações dessa estratégia e de sua ampliação na América Latina e Caribe (ALC), particularmente no que diz respeito aos fluxos de Investimento Externo Direto (IED), financiamentos e projetos de infraestrutura. A partir do entendimento acerca dos determinantes e fundamentos da expansão econômica internacional da China e suas expressões na ALC, são mapeados e descritos os investimentos e projetos chineses em infraestrutura energética no Brasil e Argentina, entre 2010 e 2020. Os procedimentos e técnicas de pesquisa empregados são o da pesquisa bibliográfica e o da pesquisa documental. Além disso, o estudo, inserido dentro do campo da Economia Política Internacional (EPI), trabalha com a interação entre Estados e fatores econômicos, sendo o IED e outras formas de exportação de capital utilizados como fatores de análise. A obtenção dos dados relativos às transações de investimento, financiamento e projetos de infraestrutura se dá por meio de um conjunto de fontes de distintas naturezas. Ao final, são descritos os casos brasileiro e argentino. No Brasil, os investimentos chineses em infraestrutura energética se direcionam principalmente aos segmentos de geração e transmissão de energia, com ingresso de empresas estatais por meio de investimentos em fusão e aquisição e participação em processos licitatórios. Na Argentina, a participação chinesa em projetos de infraestrutura energética se dá menos por meio da emissão de IED e mais pelo financiamento e realização de projetos de infraestrutura. Apesar das diferenças, infere-se que os determinantes dos investimentos chineses também incluem motivações extraeconômicas, uma vez que atendem a um conjunto de objetivos estratégicos, asseguram a sua ascendência no longo prazo, entrelaçam as maiores economias sul-americanas em sua estratégia de desenvolvimento internacionalizado e projetam poder e influência em uma região tradicionalmente subordinada aos interesses de Washington.