Impacto da prática da atividade física moderada regular no retardo da imunossenescência de idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Léia Cristina Rodrigues da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-20042016-155531/
Resumo: O aumento da expectativa de vida é um evento mundial e tem alterado a pirâmide populacional, com aumento da população idosa e redução da população jovem, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. De acordo com projeções das Nações Unidas realizadas em 2012, a população brasileira com idade superior a 65 anos atingirá a média de 50 milhões no ano de 2050. O avanço da idade acarreta mudanças na composição, função fisiológica e competência do sistema imunológico humano, as quais são definidas pelo termo imunossenescência. Essas mudanças são importantes, pois contribuem para um aumento da incidência e gravidade das doenças infecciosas, diminuição da eficácia das vacinações, e possivelmente o surgimento de autoimunidade e câncer. Diminuição da população de linfócitos T \"naive\" com o aumento da população de linfócitos de memória, perda da molécula coestimulatória CD28, encurtamento do telômero e a presença de um background inflamatório são as principais alterações associadas à imunossenescência. No Brasil, o aumento da população idosa e consequente aumento da procura de serviço de saúde sobrecarregará o Sistema Único de Saúde. Assim, o estudo de intervenções que visem atenuar a imunossenescência é altamente relevante. Uma possível intervenção estudada é a atividade física, porém, a maior parte dos estudos avalia o impacto imediato da atividade física, e quando avaliam o impacto de atividade física regular e prolongada, o fazem com pequeno intervalo de tempo. O objetivo deste estudo foi o de avaliar o impacto da prática da atividade física moderada regular no retardo da imunossenescência em homens idosos. Trinta e um idosos do sexo masculino (65-85 anos) foram divididos em dois grupos, um com histórico de treinamento moderado por 15 ( ± 3) anos e outro sem histórico de treinamento, avaliados quanto à porcentagem de linfócitos TCD4+ e TCD8+ \"naive\" e de memória, perda da molécula coestimuladora CD28, comprimento do telômero, capacidade linfoproliferativa, expressão de marcadores pró e anti-apoptóticos, background inflamatório e produção de anticorpos anti-influenza. Os grupos foram equiparáveis quanto à idade, capacidade cognitiva, funcional e índice de massa corpórea. Todos os idosos apresentaram bom estado nutricional e não possuíam depressão. Os idosos moderadamente treinados apresentaram um maior gasto calórico semanal (aumento dos METs, p < 0,0001) e um maior consumo máximo de oxigênio (VO2max, p < 0,001), mostrando o seu maior condicionamento físico.Os idosos moderadamente treinados apresentaram uma maior porcentagem de linfócitos TMC e menor frequência de linfócitos Temra,maior capacidade de resposta linfoproliferativa dos linfócitos T CD8+ estimulados com mitógeno,menor expressão de marcador de apoptose na subpopulação de linfócitos T CD8+ CD28neg e produção de maiores títulos de anticorpos anti-influenza séricos antes e pós-vacinação. Os dados mostraram que a prática da atividade física moderada regular como estilo de vida contribuiu para a atenuação de alguns aspectos característicos da imunossenescência