Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Martha Lemos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27155/tde-14082019-144917/
|
Resumo: |
Este estudo investiga a formação de espectadores teatrais na educação escolarizada, a partir da perspectiva de uma professora de Arte nas escolas públicas Centro de Ensino Fundamental 01 - CEF 01 do Núcleo Bandeirante e Centro de Ensino Médio Urso Branco - Distrito Federal, no período de 2014 a 2017. Busca provocar a potencialização do ato de leitura cênica em sala de aula, em prol da formação de espectadores e ampliação da leitura de mundo dos estudantes. A metodologia empregada foi de abordagem qualitativa, incluindo pesquisa de campo e participativa. A coleta de dados foi realizada por meio da observação participante e registros em diários itinerantes, refletindo a respeito da própria experiência por meio da escuta sensível. À luz de autores como Desgranges (2008, 2010, 2011, 2014), Rancière (2017a, 2017b), Bondia (2001, 2010, 2016), Medeiros (2005), Pupo (2015), Ferreira (2006), Machado (2012), Jauss (1995), Iser (1996), Aguiar e Bordini (1993), entre outros, as conquistas e dificuldades enfrentadas ao longo deste percurso no contexto escolarizado das duas escolas pesquisadas são analisadas e discutidas. Ao longo do trajeto investigativo, foram identificados/experienciados quatro eixos de mediação teatral distintos: a) ida dos estudantes ao teatro profissional; b) apresentação de espetáculos universitários dentro da escola; c) tensão produtiva entre ver e fazer teatro em sala de aula, tendo a leitura de poéticas como fio condutor do trabalho; d) tensão produtiva e estendida entre fazer e ver teatro, tendo o fazer teatral como eixo do trabalho. Consideram-se esses eixos como estratégias de resistência que transitam tanto entre proposições de debate e embate, pela organização do pensamento crítico através da argumentação, quanto por outras formas de reação política, dispositivos reativos que perpassam pela leitura inventiva, pela estética/política da alteridade, pelo corpo em estado alterado (de performance, ficção, jogo, inventividade, devir). Portanto, considera-se que a busca por um trabalho pedagógico teatral, voltado à formação de espectadores(as) na educação escolarizada, aponta caminhos profícuos para a ampliação da leitura de mundo dos(das) estudantes, apesar das adversidades, por meio da proposição de estados de encontro. |