O modernismo brasileiro em trânsito: um olhar sobre o registro de viagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Villa, Gabriela Farsoni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-18022019-102155/
Resumo: A leitura dos produtos deixados por uma viagem nos contam várias histórias, mais do que detalhes da expedição, a forma como o registro foi elaborado nos informa mais sobre o autor, o seu tempo, suas ideias, seus laços. A busca por entender uma época, suas contribuições para a história da arquitetura, das artes, das cidades, das perspectivas formadas num espaço de tempo encontra muitos indícios nas narrativas de viagem deixada por seus personagens. O registro de viagem é compreendido aqui não só como causalidade, mas como momento de produção de perspectivas, de transformação e invenção da história. O registro não é interpretado como notação asséptica, mas em toda a sua fatura, suas escolhas representativas e a expressão que delas decorrem. Dentre essas viagens, a pesquisa toca a experiência brasileira, de modernidade e de alteridades. Uma viagem para muitos viajantes, recortamos o ano de 1924, da incursão a Minas Gerais, de um poeta, um escritor, uma pintora e um arquiteto, como ponto em comum, que marca o início de uma trajetória de pesquisa que esteve presente nas viagens de Blaise Cendrars, Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Lucio Costa. Esse marco comum começa a formular visões de um mesmo Brasil, impulsionando ora novas experiências, repetindo o mesmo método, ora pela via da memória, pelo processo reflexivo, que não é, senão, também uma viagem. Interpretar as peculiaridades e a formação de um grupo mais ou menos coeso a partir da participação dos quatro personagens, através da mediação que cada um faz do sistema espaço-registro-experiência.