"Dinâmica populacional de raias demersais dos gêneros Atlantoraja e Rioraja (Elasmobranchii, Rajidae) da costa sudeste e sul do Brasil"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Casarini, Luiz Miguel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-15082006-103247/
Resumo: Analisaram-se as proporções de Rioraja agassizi, Atlantoraja cyclophora, A. platana e A. castelnaui na categoria “raias-emplastros", nos desmbarques de 11 embarcações da pesca comercial, de arrasto duplo de portas e de parelhas, totalizando 358 lances realizados em 20 viagens. Elas atuaram entre as isóbatas de 10 e 430 m e entre os paralelos 23° S (Estado do Rio de Janeiro) e 31° S (Estado do Rio Grande do Sul), de 1995 a 1997 e de 2001 a 2003. Entre as espécies estudadas, A. cyclophora foi a mais freqüente nos lances realizados entre 60 e 265 m de profundidade, com ampla distribuição entre 23° 30’ S e 27°20’ S. As análises das pescarias sugerem que a profundidade e a latitude, entre outras variáveis, foram importantes apenas na captura de A. cyclophora. As carcaças foram desembarcadas em três tipos de cortes, a partir dos quais o peso corporal foi estimado. Também foram avaliadas as estruturas populacionais das quatro espécies. Os estimadores dos parâmetros de crescimento, largura de disco (LD) de primeira maturação sexual e taxa de mortalidade natural (M) foram calculados para machos e fêmeas, respectivamente: R. agassizi LD = 289 mm e 425 mm; K= 0,142 e 0,078 ano-1; t0= -1,653 e -1,811 anos; LD50 = 270 e 330 mm, M = 0,061 e 0,052 ano-1; A. cyclophora LD = 478 e 518 mm; K= 0,077 e 0,073 ano-1; t0= -4,518 e -4,485 anos; LD50 = 355 e 415 mm, M = 0,085 e 0,085 ano-1; A. platana LD = 733 e 823 mm; K= 0,057 e 0,052 ano-1; t0= -1,267 e -1,225 anos; LD50 = 500 e 550 mm, M = 0,061 e 0,021 ano-1; A. castelnaui LD = 794 e 1004 mm; K= 0,066 e 0,046 ano-1; t0= -1,978 e -2,235 anos; LD50 = 670 e 740 mm, M = 0,069 e 0,047 ano-1. Em alguns anos, o modelo relativo de rendimento-por-recruta resultou em valores próximos ou superiores aos pontos de referência biológica para machos de R. agassizi, e fêmeas de A. platana e de A. castelnaui. As taxas de explotação e mortalidade por pesca de A. cyclophora foram crescentes entre 2001 e 2003.