Prevalência das \"síndromes de tremor\" em um ambulatório especializado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Reimer, Nayara dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17161/tde-28012020-101555/
Resumo: Tremor é um movimento involuntário, rítmico e oscilatório de uma parte do corpo. As síndromes clínicas, que se caracterizam pela presença de tremores, foram definidas e classificadas por um consenso de especialistas da Movement Disorders Society, em 1998. Recentemente, essa classificação foi revisada e novos critérios foram propostos, além do surgimento do termo \"Tremor Essencial Plus\". Existem poucos estudos sobre prevalência das \"síndromes de tremor\", a maioria dos estudos foca na prevalência do tremor essencial (TE), principal distúrbio do movimento encontrado na população. Objetivos: Analisar a prevalência das \"síndromes de tremor\" não associadas a parkinsonismo em um ambulatório especializado em distúrbios do movimento, bem como descrever as características clínicas e demográficas da população. Comparar as características clínicas e demográficas dos pacientes diagnosticados com TE e TE plus. Casuística e Métodos: Cento e dois pacientes foram avaliados. Foi aplicado questionário geral para coleta de dados demográficos e clínicos associados à evolução e ao tratamento do tremor. Para avaliar a gravidade desta patologia, foram aplicados a Escala de Fahn-Tolosa-Marin e o questionário do copo. Resultados: Foram incluídos 102 pacientes com diagnóstico de tremor sem parkinsonismo. Destes, 68,6% (N=70) foram classificados como TE pela antiga classificação, 7,8% (N=8) como Tremor distônico, 5,8% (N=6) como Tremor Psicogênico e 3,9% (N=4) foi a prevalência do Tremor cerebelar e do Tremor de Holmes. Os tremores tarefa-específica e indeterminado apareceram logo em seguida, com prevalência de 2,94% (N=3). Utilizando a nova classificação, a prevalência de TE foi de 50,9% (N=52) e a de TE plus foi de 17,6% (N=18). As demais \"síndromes de tremor\" não apresentaram alterações significativas em suas prevalências. A principal mudança de diagnóstico ocorreu devido ao surgimento do termo \"TE plus\" com a nova classificação, sendo que 18 pacientes com TE foram reclassificados como TE plus devido à presença de tremor de repouso ou outros sinais neurológicos sutis ao exame físico. Conclusões: O TE foi a síndrome de tremor mais prevalente, confirmando a sua alta prevalência em nosso meio. Na comparação entre os grupos, os pacientes com TE plus apresentaram idade de início mais elevada e pareceram responder menos ao propranolol