Emoldurando experiências: gerúndio como construção de tempos e de espaços em variedades do Português

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gomes, Thamires Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-03102022-213700/
Resumo: Na presente dissertação, descrevem-se os usos do gerúndio em três variedades do Português falado: PB (Português brasileiro), PM (Português Macaense) e PP (Português de Portugal), em termos de formas, funções e motivações. Tem-se como objetivo principal, portanto, investigar descrevendo e explanando os usos do gerúndio no Português falado, de modo a verificar se estes se alteram de acordo com motivações cognitivas e comunicativas e com a variedade (PB, PM, PP). Adota-se a uma perspectiva funcionalista cognitivista, por considerar-se que toda fala e escrita voluntária é revestida de funções cognitivas, portanto, as construções são descritas em termos de estrutura sintática, bem como os sentidos adjacentes a tais estruturas, e quais motivações cognitivas e comunicativas atuam em cada tipo de construção gerundial. Para isso, o corpus selecionado consiste em entrevistas extraídas de três rádios virtuais (TDM, TSF e UNESP), transcritas e agrupadas em padrões funcionais. Observa-se que o gerúndio é utilizado para codificar nuances de tempo e espaço que pode ser físico ou também mental como é o caso de um de nossos padrões funcionais, em que construções oracionais circunstanciais são utilizadas para criar um espaço de conhecimento comum entre os participantes da interação, em que são delineadas bases para o estabelecimento de referências. As construções mais abstratas descobertas foram as quais nomeamos de gerúndio como atos cooperativos, que emergem como uma abstratização do gesto de apontar. Nestes usos, atua o princípio funcionalista de iconicidade, no qual informações conhecidas e, portanto, rotinizadas, não precisam ser mencionadas, e categorias cognitivas mais abstratas englobam as mais básicas