Relativas reduzidas de gerúndio - uma análise funcional centrada no uso

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Laiza Teixeira, Delatorre
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Gerúndio; Funcionalismo (Linguística); Produção intelectual; Functionalism; Gerund; Relative Construction
• Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9938; http://dx.doi.org/10.22409/POSLING.2019.m.13307668730

Este estudo investiga as construções relativas de gerúndio restritivas e apositivas no português escrito brasileiro. O objetivo central é verificar as propriedades funcionais dessas construções e apontar alguns aspectos que expliquem a forma mais ‘independente’ das orações relativas apositivas. Considerando as diferentes relações lógico-semânticas que emergem nos períodos com orações relativas, são analisados parâmetros morfossintáticos, semânticos e discursivos, como a equivalência entre orações relativas reduzidas e as desenvolvidas, a correferencialidade entre os sujeitos da oração relativa e da oração matriz, tempo e modo verbal da oração matriz e, por fim, tipo semântico do verbo da oração relativa. Analisam-se as orações relativas de gerúndio privilegiando-se o enfoque funcional, a partir da interdependência entre semântica e sintaxe e da perspectiva de se estudar a língua através de um continuum. O suporte teórico desta pesquisa é a Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), a qual agrupa pressupostos teórico-metodológicos de autores como Givón (1995), Decat (2001), Oliveira (2001), Bispo (2009), Bybee (2010), Traugott e Trousdale (2013), Rosário (2016), entre outros. Em termos metodológicos, utilizam-se dados da língua portuguesa, extraídos do corpus sincrônico do Português Brasileiro, referente ao século XXI. Esta pesquisa é de caráter quantitativo e qualitativo, com ênfase nesta última modalidade. Foram analisados 114 dados. Quanto aos resultados, a pesquisa mostrou que o uso do gerúndio em construções relativas é bastante produtivo na escrita, e que as construções relativas apositivas podem ser caracterizadas como estruturas mais autônomas, apresentando maior independência semântica