Interpretando o tempo em sala de aula: ensino de História Antiga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gregori, Alessandro Mortaio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48140/tde-28042022-154606/
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo compreender a formação da consciência histórica em jovens estudantes da 1.ª série do Ensino Médio. Por meio de contribuições da Didática da História alemã, em especial da Teoria da História de Jörn Rüsen, e da Teoria das Representações Sociais desenvolvida por Serge Moscovici, investigam-se os elementos em disposição e influência no pensamento histórico dos jovens em situação de aprendizagem escolar. A partir do recorte sobre a Antiguidade greco-romana, tomada pelo viés da narrativa da História Política, busca-se entender como os alunos se apropriam da experiência do passado, constroem uma interpretação sobre a temporalidade e desenvolvem raciocínios sobre o tempo para dar sentido ao mundo em que estão inseridos. A coleta de dados para a pesquisa ocorreu em duas unidades escolares da região do ABC na Grande São Paulo entre os anos de 2018 e 2019. Procedeu-se a uma pesquisa qualitativa que parte da análise de dados coletados por meio de observações de aula, questionários de perfil socioeconômico e cultural, entrevistas com docentes, análise de material didático e respostas dos estudantes a exercícios de cruzamento entre fontes históricas de períodos diversos. Chega-se à consideração de que o trabalho pedagógico com os conceitos de natureza política, presentes no vocabulário histórico utilizado para o estudo dos gregos e romanos antigos, leva à construção de saberes, os quais são mobilizados pelos alunos no momento de interpretar uma ordem do tempo. Ordem essa que dialoga com o contexto social e político do momento em que se vive. Investigamos a natureza desse saber construído pelos estudantes, proporcionado não apenas pelo modo de pensar adquirido nas aulas de História, mas também pela forte influência de representações construídas fora do ambiente escolar e circulantes nos diversos meios sociais.