Qualidade de vida e fatores associados à suspeição de transtornos mentais comuns em estudantes de Medicina em universidade de integração latino-americana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gomes, Adriana Chalita
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-17122019-181239/
Resumo: Nesta tese, objetivou-se caracterizar o perfil, os fatores associados à suspeição de Transtornos Mentais Comuns (TMC) e a autopercepção da qualidade de vida (QV) nos estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Foi realizado um estudo analítico transversal com 202 alunos brasileiros e estrangeiros latinoamericanos. O questionário Perfil do Participante foi validado através do índice de validade de conteúdo (IVC) e aplicado nos alunos brasileiros e estrangeiros. Foram aplicados nos estudantes brasileiros o Self-Reporting Questionnaire-20 (SRQ-20) e o World Health Organization Questionnaire for Quality of Life - bref (WHOQoL-BREF) para avaliação da suspeição de TMC e da QV, respectivamente. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de alunos brasileiros e estrangeiros. As médias de idade (p = 0,006), da renda familiar (p = 0,002) e de horas por semana de atividade física (p < 0,0001) eram maiores nos brasileiros, assim como, foi encontrado menor número de pessoas que viviam com a renda familiar média (p = 0,002) e maior porcentagem de alunos que consideraram o autodesempenho acadêmico bom/excelente (p = 0,032) neste grupo. A condição de estar solteiro (p < 0,0001), ter religião (p = 0,007), nunca ter feito tratamento psiquiátrico/psicológico (p < 0,0001), sexo feminino (p = 0,041) e menor média da carga horária de sono diária (p < 0,0001) foram observadas em maior porcentagem nos estrangeiros. A prevalência de suspeição de TMC no grupo de estudantes brasileiros foi de 40% com IC95%: [0,31 ; 0,49]. Através da análise pela regressão logística, os domínios psicológico (p < 0,0001) e físico (p = 0,028) do WHOQoL-BREF, o período do curso (p = 0,039), a alimentação (p = 0,009) e achar o curso estressante (p = 0,034) foram associados à suspeição de presença de TMC no grupo de brasileiros. A partir dos resultados encontrados nesse trabalho, verifica-se a necessidade de pesquisas de causalidade de suspeição de TMC e de intensificar os conhecimentos, ampliar a prática de condutas no dia a dia e planejar ações a favor da saúde mental e saúde física do futuro médico.