Métodos de cálculo de blindagem considerando IMRT e VMAT para radioterapia moderna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Diego da Cunha Silveira Alves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59135/tde-09052023-100357/
Resumo: A radioterapia tem evoluído significativamente nos últimos 10 anos, as novas tecnologias dos Aceleradores Lineares (AL) e os modernos sistemas de planejamento do tratamento, dentre estes, a Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) e a Radioterapia de Intensidade Modulada em Arco (VMAT) tem sido predominante. No entanto, a utilização das técnicas de IMRT e VMAT requer um aumento do número de Unidades Monitoras (UM) para entregar a dose de radiação prescrita quando comparada à radioterapia tridimensional conformacional (3DCRT). O cálculo de blindagem para salas de radioterapia é mandatório para garantir a segurança e proteção radiológica dos pacientes, colaboradores e indivíduos do público. Contudo, as principais referências utilizadas apesar de abordarem a dependência da técnica de IMRT nos cálculos de blindagens, são de quase 2 décadas atrás. O objetivo do trabalho é encontrar os fatores C de IMRT e VMAT para o cálculo de blindagem na radioterapia moderna e comparar as espessuras das blindagens secundárias com o fator C de IMRT e VMAT encontradas no trabalho e os utilizados atualmente, bem como os custos envolvidos. Por fim, realizar medidas da radiação espalhada e de fuga do cabeçote dos 4 AL incluídos no trabalho. O estudo incluiu 187 pacientes dos seguintes sítios anatômicos: 77 mamas, 41 cabeça e pescoço, 41 próstatas e 28 pulmões que foram planejados para 4 diferentes AL e 3 técnicas de entregas de dose: 3DCRT, IMRT e VMAT totalizando 2244 planejamentos. Cálculos de blindagens para comparação das espessuras das barreiras secundárias foram realizadas para cada parede definidos para uma sala padrão usando o método descrito em protocolos internacionais e com as recomendações deste estudo. Medidas da radiação de fuga e radiação espalhada nos 4 AL foram feitas utilizando 3 diferentes dosímetros comparando os valores encontrados com os protocolos. O fator C encontrado para VMAT foi 19% menor quando comparado com IMRT (p < 0, 001) evidenciando a necessidade que seja diferenciado para o cálculo de blindagens as técnicas IMRT e VMAT. Quando individualizado a análise do fator C por AL e por técnica, o TrueBeam apresentou maior valor, que foi, 3,00 para a técnica IMRT e o Halcyon o menor valor para a técnica VMAT que foi 0,94. Para VMAT encontrou-se redução nas espessuras de concreto necessários para barreira secundária quando comparado com o utilizado atualmente de até 20% e para técnica de IMRT de 11%. O trabalho identificou uma redução de pelo menos 8 m3 de concreto quando utilizados os fatores C encontrados e uma economia de até 66 mil dólares nas barreiras secundárias. As medidas de radiação de fuga dos 4 AL não tiveram valores maiores que 0,9 mSv, evidenciando um excesso de conservadorismo quando comparado ao recomendado que é 2,5 mSv.