Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Wilton José Malard Neves e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-21022020-135932/
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Resumo: |
Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é o tipo mais comum de diabetes, representando cerca de 90% de todos os casos diagnosticados. Em 2017 no Brasil, De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF) a prevalência de DM2 para a população brasileira era de 8 a 9% de indivíduos com mais de 18 anos. O DM2 confere um maior risco para doença cardiovascular (DCV). Os pacientes com DM2 descontrolados são propensos a infecções por fungos e bactérias em virtude dos efeitos adversos da hiperglicemia. As infecções por fungos no trato urinário afetam principalmente bexiga e os rins. A pesquisa dos artigos aconteceu na base de dados (PubMed/Medline), ClinicalTrials.gov, Cochrane e Scopus com os seguintes termos: \"Diabetes Mellitus\" and \"Sodium Glucose Cotransporter 2\". Na pesquisa foram incluídos artigos originais publicados em inglês, espanhol e português até novembro de 2018, sem restrição de idioma, todos em seres humanos, que tiveram como objeto de estudo o uso dos Inibidores do co-transportador sódio/glicose tipo 2 (iSGLT2) no tratamento do DM2 em pacientes que tenham recebido terapia padrão prévia. Este trabalho selecionou na varredura 4 trabalhos, num total de 19.572 pacientes, em que consideramos os seguintes desfechos: Infecção do Trato Urinário (ITU) e Fratura Óssea. Os iSGLT2 não apresentaram relevância estatística para ITU (Risco Relativo 0,99 [IC95% 0,93- 1,04]; p=0,76), entretanto aumentaram o risco de Fratura Óssea em 9,4% (Risco Relativo 1,094 [IC95% 1,005 - 1,192]; p=0,03). A classe dos iSGLT2 mudou consideravelmente a perspectiva no tratamento do DM2, seja no âmbito de eficácia e redução de desfechos cardiovasculares maiores, seja no quesito de segurança. Mesmo que esta metanálise tenha observado perfil de segurança satisfatório através dos desfechos de Infecção do Trato Urinário (ITU) e aumento do risco de fratura (9,4%), é preciso ter cautela em avaliar outros desfechos. No entanto, as amplas evidências de eficácia e segurança abordadas neste trabalho, dão respaldo aos gestores de saúde a incorporarem esta tecnologia nos serviços de atenção terciária, propondo uma revisão do atual protocolo de tratamento para pacientes com DM2 do serviço de atenção terciária à saúde. |