Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Mariane Mendes Gois dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-15052024-152315/
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Resumo: |
A presença das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) está cada vez mais comum no cotidiano da escola; o espaço digital faz parte da convivência dos sujeitos, e cumpre-nos ressaltar que suas condições de produção podem se dar de formas diferentes. Por essa razão, é pertinente compreender o papel da escola, as condições em que a Educação vem se constituindo e o impacto que metodologias ativas mediadas pelas TDIC têm no espaço informacional, afetando docentes e estudantes. Objetivamos, com este trabalho, investigar o que os professores de Ensino Fundamental - Anos Finais imaginam conhecer, dizer sobre e fazer com as tecnologias digitais de informação e comunicação em salas de aula, de acordo com as condições de produção das escolas públicas estaduais de Ribeirão Preto-SP. Para tanto, fundamentamo-nos na Análise de Discurso de Matriz Francesa Pecheuxtiana (AD) como aporte teórico-metodológico, que nos possibilita mobilizar os conceitos de sujeito, discurso, produção de sentido e condições de produção, na medida em que compreende que o sujeito é interpelado e constituído pela ideologia e pelo contexto sócio-histórico-cultural. O processo metodológico constitui-se pelo corpus composto por seis entrevistas semiestruturadas realizadas, por meio virtual, com professores do Ensino Fundamental (Anos Finais) da cidade de Ribeirão Preto, SP. Ressaltamos que, para a análise dos fatos da linguagem, apoiamo-nos na Teoria Sócio-Histórica do Letramento e na AD como aportes metodológicos, pois possibilitam a relação entre os recortes selecionados pelo analista, os tipos de discursos e as condições de produção em que esses processos discursivos foram produzidos. Para tanto, nossos gestos interpretativos nos permitiram compreender que os dizeres do sujeito-professor sobre a tecnologia são marcados por sentidos de inovação e causam a impressão de completude. Porém, a relação dos professores com as TDIC ainda é marcada por um viés tradicional, que vê a tecnologia como descontração. As metodologias ativas, entendidas como métodos de interação em atividades e como produção de novos saberes, são desconhecidas, parcialmente, pelos sujeitos-professores, possibilitando colocarmos que os docentes vêm recebendo uma formação desconexa com a realidade docente, pois o professor conhece, mas não nomeia as metodologias ativas. Mesmo no ensino remoto, as atividades mediadas pelas tecnologias, por exemplo, ao receber e enviar tarefas, mantiveram-se inscritas em ações tradicionais. Concluímos, portanto, que esta pesquisa é relevante, pois foi possível verificar que os dizeres do sujeito-professor apresentam efeitos de sentidos que se inscrevem em formações discursivas sobre como as TDIC são boas, que facilitam a vida e as práticas diárias, sentidos que acampam no senso comum, e apoiam-se em sua formação inicial para justificar o uso ou o não uso das TDIC em sala de aula; ademais, as condições de produção deste trabalho, permitiram-nos compreender que as tecnologias fazem parte da sociedade e ao mesmo tempo revelam a subjetividade do sujeito. |