A qualificação dos atendentes de enfermagem: transformações no trabalho e na vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Aguiar, Zenaide Neto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7137/tde-16012007-161013/
Resumo: Este trabalho tomou como objeto de estudo as transformações ocorridas no trabalho, vida e, especialmente, maneira de pensar e agir das atendentes de enfermagem a partir de sua qualificação como auxiliares pelo Projeto Larga Escala (PLE). Utilizou o trabalho e a qualificação como categorias de análise e teve como objetivo dimensionar as mudanças ocorridas com as atendentes a partir de sua qualificação. Constituíram os sujeitos deste estudo as atendentes que se qualificaram como auxiliares de enfermagem pelo PLE na Administração Regional de Saúde - 5 (da cidade de São Paulo) no período de 1990 a 1992, utilizando histórias de vida como estratégia de captação da realidade. A análise das histórias permitiu reconhecer as possibilidades e limites dos processos de qualificação. Observou-se que a qualificação garantiu às antigas atendentes: a) o acesso a uma posição de melhor remuneração, de promoção a uma categoria profissional e alguns direitos trabalhistas; b) a conquista de alguns direitos como cidadãs, que não se relacionam com a possibilidade de ascensão social; c) mudança no padrão de conhecimento; d) autonomia relativa aos aspectos técnicos da atenção à saúde; e) ganhos na humanização do cuidado. A qualificação parece ter uma força relativa na modificação da qualidade da atenção à saúde, permitindo uma certa compreensão do objeto de trabalho e no domínio das tecnologias utilizadas no processo de trabalho. Não parece constituir-se, no entanto, em força capaz de suscitar transformações no modelo constituído de assistência clínica individual, desvelando assim uma certa fragilidade da apreensão da dimensão política proposta pelo PLE para a qualificação dos profissionais da saúde