Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Damelio, Tatiane Yumi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-16092024-123651/
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Resumo: |
A proposta deste trabalho é analisar na obra Angústia, de Graciliano Ramos, como o narradorprotagonista emerge enquanto sujeito conflituoso, abalado e ambíguo, e como essas condições encontram correspondência na própria narrativa. Para tanto, a pesquisa considerará os afetos que envolvem o personagem, sejam eles de caráter nocivo (tristeza, rancor, ódio, humilhação), de caráter positivo (piedade, compaixão, identificação) ou ainda uma combinação de emoções opostas: a misantropia convive com a comiseração, a raiva com o amor, a repulsa com o desejo, a memória do passado com as idealizações (im)possíveis, o imobilismo com a ação. Luís da Silva – narrador de um estado emocional pensativo e aflito, sofredor e ressentido, é afetado intensamente por episódios, pessoas e condições adversas. Descargas emocionais excessivas, dolorosas, coléricas e confusas do narrador-protagonista lançam questões sobre como a composição de Angústia adequou esses transtornos à linguagem como, por exemplo, o vai e vem do fluxo de consciência, o cruzamento entre os tempos e sentenças, a indiscernibilidade recorrente, as cenas hipotéticas, as manifestações de paranoia e a intensidade psicológica. Pretende-se, ainda, enfatizar o caráter sinuoso da narrativa, que se tensiona e dilata, já que Luís da Silva narra, recorda, se autoanalisa, imagina e ressignifica episódios, tudo à sombra de seus encontros e afetos |