Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Machado, Gabriel Pinheiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-04072018-155542/
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Resumo: |
A atmosfera é a camada de gases que envolve a Terra e apresenta componentes essenciais aos seres vivos, porém também apresenta poluentes capazes de tornar o ar nocivo à saúde humana e ao meio ambiente. A poluição atmosférica é responsável por cerca de 3,6 milhões de mortes prematuras por ano no mundo todo e para contornar esse problema, autoridades criam padrões de qualidade do ar como limites de concentração de poluentes máximos tolerados em um período de tempo, com base em evidências científicas sobre o seu risco de exposição. Dentre os poluentes atmosféricos, destaca-se o material particulado, que é a união e a mistura de partículas sólidas e líquidas suspensas no ar. As Partículas Totais em Suspensão (PTS) são uma fração desta classe de poluentes, que apresenta um diâmetro inferior a 100 µm. Entre os PTS se destacam as partículas inaláveis grossas (2,5 µm <= 10 µm) e finas (<= 2,5 µm) por sua capacidade de atingir vias respiratórias inferiores, como traqueia e alvéolos, respectivamente. O material particulado pode conter também substâncias tóxicas como metais pesados, que podem gerar uma série de doenças carcinogênicas e efeitos adversos ao organismo. O presente estudo avaliou as concentrações de PTS e metais associados em três regiões distintas da cidade de Ribeirão Preto (Centro, Campus e Aeroporto), nas estações seca e chuvosa. Foi utilizado um amostrador de grande volume como método de coletas de PTS, por meio de filtros de fibra de vidro. Os metais foram dosados por Espectrometria de Plasma Indutivamente Acoplado (ICPMS). Os valores das concentrações de PTS foram comparados com os padrões nacionais e estaduais de qualidade do ar, enquanto as concentrações de metais foram comparadas às diretrizes de instituições internacionais. Não foram encontradas diferenças significativas (p > 0,05) nas concentrações de PTS e metais entre os pontos de coletas, exceto para Cu, Cr e Zn, que apresentaram maiores concentrações na região central (Cu e Cr) e no aeroporto (Zn). Foi verificada variação sazonal para PTS e os seguintes metais associados: As, Be, Cu, Mn, Ni, Pb, Sn e V, sendo as maiores concentrações observadas no período seco. Os valores das concentrações de PTS não ultrapassaram os padrões de qualidade do ar no estado de São Paulo, porém na estação seca, duas amostras coletadas no Centro e uma no Aeroporto ultrapassaram o limite secundário determinado pela legislação nacional e dessa forma podem causar uma diminuição no bem-estar pela população que reside próxima a esses locais. Concluiu-se que apesar do ar da cidade de Ribeirão Preto ter se apresentado dentro dos limites da legislação para as concentrações de PTS, estas podem causar problemas à saúde da população. Dessa maneira, medidas preventivas devem ser tomadas por meio de políticas públicas para melhorar o controle da qualidade do ar local e reduzir os riscos à saúde da população |