Estrutura espacial das comunidades de Ephemeroptera HAECKEL, 1896 (Insecta) em riachos da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar, Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Siegloch, Ana Emilia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-23042010-163346/
Resumo: Este estudo teve como objetivos, i) investigar a composição taxonômica das duas vertentes da Serra da Mantiqueira (Parque Estadual de Campos do Jordão e Região de Pindamonhangaba) e da Serra do Mar (Núcleos Santa Virgínia e Picinguaba), com base na coleta de larvas e alados, ii) analisar quais as escalas espaciais (mesohábitat, riacho, vertente e serra) que melhor estruturam as comunidades de Ephemeroptera e iii) identificar e quantificar as variáveis ambientais que influenciam as comunidades de larvas de Ephemeroptera. Considerando o esforço conjunto de todos os métodos de coleta foram registradas oito famílias 33 gêneros e 21 espécies, das quais oito famílias 28 gêneros e 18 espécies na Serra da Mantiqueira e sete famílias 30 gêneros e 15 espécies no Parque Estadual da Serra do Mar. As duas serras apresentaram uma porção bastante significativa da riqueza taxonômica do Brasil, 41% e 45% dos gêneros e 80% e 70% das famílias, respectivamente. A alta riqueza registrada no estudo pode ser relacionada à metodologia de coleta empregada que abrangeu a coleta de larvas e alados e explorou diversos mesohábitats e riachos. Considerando todo o modelo hierárquico, houve variação significativa da riqueza e abundância das comunidades entre as quatro vertentes e os mesohábitats pedra e folha/corredeira. No entanto, a maior variação ocorreu entre as réplicas de um mesmo mesohábitat, refletindo o padrão de distribuição agregada das comunidades de Ephemeroptera. A maior riqueza foi encontrada no mesohábitat pedra/corredeira e na vertente que abrange o Núcleo Santa Virgínia. A ordenação mostrou tendência de segregação das amostras de cada vertente e tipo de mesohábitat. Essa tendência de segregação foi corroborada pela análise de variância multivariada (Permanova). Assim, a estrutura espacial das comunidades de larvas de Ephemeroptera parece predita pelos fatores ambientais da escala local ligadas aos mesohábitats e pelos fatores de maior magnitude da escala regional, associados às vertentes. A Análise de Redundância (RDA) evidenciou a altitude, condutividade elétrica, temperatura da água e Resumo Geral 10 largura como as variáveis ambientais locais que mais contribuíram para explicar a estrutura das comunidades. No entanto, as variáveis ambientais locais explicaram apenas 19,3% da variabilidade na abundância dos gêneros, 7,9% da variabilidade foi explicada pelas variáveis ambientais indissociáveis da matriz geográfica, 23,4% foi explicada pela posição geográfica dos riachos e 49,4% permaneceu inexplicada. Os resultados encontrados nesse estudo destacam a contribuição semelhante das variáveis ambientais locais e da posição geográfica dos riachos na estruturação das comunidades, indicando que além das variáveis ambientais locais os processos biológicos contagiosos, como dispersão, também influenciaram a estrutura das comunidades de larvas de Ephemeroptera na região estudada