O papel das relações públicas para construção de cultura e reconstrução de relacionamentos em processos de fusões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Salvatori, Patrícia Carla Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-01122015-102759/
Resumo: Esta dissertação busca o entendimento da correlação entre o trabalho estratégico de relações públicas nos processos de fusões de grandes organizações e o sucesso destes processos. Por meio de estudo de casos múltiplos a partir de evidências de duas fontes, entrevistas e análise de documentação, estuda o impacto da comunicação como estratégia na reconstrução do relacionamento de três organizações - BRF, Itaú Unibanco e LATAM - com seus públicos de interesse e identifica a correlação entre os processos comunicacionais analisados e a construção de novas identidades e culturas organizacionais. A pesquisa avaliou os históricos das organizações oriundas, seus princípios organizacionais, as razões para as fusões, os planos de comunicação institucional e interna específicos, os relacionamentos com stakeholders pré e pós-fusões, integração das áreas de comunicação/relações públicas e atual organograma das áreas. Como resultados, foi detectada forte presença dos fundadores e seus descendentes nos modelos e valores estabelecidos, que tendem a ser reforçados ou anulados conforme seus novos interesses. Apesar disso, suas histórias e estilos de lideranças mais diferem entre si do que se parecem. A análise dos princípios organizacionais aponta desarmonia entre o discurso de equilíbrio de iguais com a prática de predomínio de um dos lados, esquecimento do passado ou perpetuação das companhias fusionadas. A comunicação instrumental se faz presente, principalmente nos inícios dos processos combinatórios e tende a se tornar estratégica conforme concentra esforços para o entendimento e aceitação da alta liderança sobre novos padrões e diretrizes e como fomentadora de uma relação transparente, diversa e equilibrada destas lideranças com suas equipes e da organização com todas as pessoas envolvidas com a organização. Neste patamar, as relações públicas atuam como agente de transformação e são fundamentais para a criação da nova cultura, alinhada às estratégias do negócio, e para a reconstituição dos relacionamentos com os públicos de interesse, por meio de uma comunicação dialógica e estratégica.