Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Érica Karoline |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-30082019-090533/
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Resumo: |
Introdução: A imigração tem se tornado um grande desafio, o que exige, tanto dos países de origem quanto dos países receptores, esforços constantes em responder às necessidades dessas populações. Atualmente o município de São Paulo, polo de empregos, é um grande receptor de imigrantes, com grande volume de mulheres em idade reprodutiva. Sendo essas populações mais vulneráveis devido à dificuldade do acesso à saúde, por barreiras linguísticas e culturais, faz-se necessário um maior enfoque na saúde reprodutiva dessas mulheres. Objetivos: Analisar se existem diferenças na gestação, parto e nascidos vivos (NV) de imigrantes em comparação às brasileiras, segundo naturalidade. Métodos: Foi realizado um estudo transversal sobre nascidos vivos no município de São Paulo, entre 2012 e 2017, a partir dos dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). Foram comparadas as características de mães imigrantes e brasileiras; foi analisada a evolução de NV de 11 nacionalidades, e para cinco (Bolívia, China, Paraguai, Angola e Peru) foram comparadas suas características com as brasileiras. Foram utilizadas medidas de tendência central e proporções e calculado teste de qui-quadrado com nível de significância de 5% Foram utilizados os softwares Excel e SPSS 17.0. Resultados: Do total de 998.205 NV, 3% são filhos de mães imigrantes. Não houve diferenças entre a idade média das mães imigrantes e brasileiras. Foi mais frequente entre as brasileiras: mães adolescentes (13,0%), idade >=35 anos (18,4%), ensino superior completo/incompleto (28,0%), raça/cor branca (50,7%), parto cesáreo (53,5%), >=7 consultas de pré-natal (77,1%), início precoce ao pré-natal (83,3%), baixo peso ao nascer (9,7%) e pré-termo (11,0%); todas as diferenças estatisticamente significantes (P<0,001). Entre as mães imigrantes foi maior: nenhuma ou baixa escolaridade (24,4%), ter companheiro (57,2%), multíparas (65,7%), com 1 ou mais gestações anteriores (65,6%), parto vaginal (65,7%), <=3 consultas de pré-natal (11,6%), início tardio ao pré-natal (7º mês em diante, 7%). Por nacionalidade destacaram-se maiores proporções de adolescentes entre bolivianas (13,1%), paraguaias (13,1%) e brasileiras (13,0%); as mães angolanas com ensino superior completo/incompleto (37,1%), multíparas (78,2%), 1 ou mais perdas fetais/aborto (33,0%), início tardio ao pré-natal (12,0%), <=3 consultas de pré- natal (17,6%), pré-termo (16,4%) e baixo peso ao nascer (14,9%). Entre as mães bolivianas, encontraram-se maiores proporções de parto vaginal (77,0%) e domiciliar (1,6%), RN pós-termo (3,6%) e peso >4000g (13,6%). Conclusão: Foram encontradas diferenças nos perfis das mães brasileiras e imigrantes segundo características sociodemográficas, da gestação, do parto e de nascidos vivos, assim como entre as diferentes nacionalidades das mães. É recomendável pensar em políticas públicas específicas para abranger os diferentes aspectos culturais dos diferentes grupos de mães, visando ampliar o acesso e obter melhores resultados para sua saúde reprodutiva. |