Mudanças climáticas, impactos urbanos e a capacidade de adaptação: um estudo crítico sobre a inserção do Setor Saúde na Política de Mudança do Clima do Município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Landin, Rubens
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-18062014-121255/
Resumo: A cartografia atual de nossas metrópoles tem origens históricas perturbadoras e disputadas por interesses hegemônicos capazes de se apoderarem de forma desigual do território. A urbanização da Cidade de São Paulo é caracterizada por um processo de construção social excludente e de supressão da maioria, que inviabilizou a criação de um modelo espacial urbano coletivamente mais justo. Embora a constância dos eventos climáticos extremos e as transformações ambientais sejam um componente a mais no desequilíbrio entre o espaço urbano construído e o ajuste ao ambiente, as consequências colhidas hoje não são apenas resultado da diagnosticada mudança climática em curso. Na verdade, ela potencializa os déficits que por anos acumularam-se ao produzir um espaço urbano que relevou fatores ambientais em sua gestão, construção e planejamento. Como estratégia de enfrentamento, o Município de São Paulo criou, em 2009, a Política Municipal de Mudança do Clima, cujo objetivo principal é alcançar a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, em um nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático. Esta dissertação teve como objetivo analisar a Política Municipal de Mudança do Clima a partir da inserção do Setor Saúde e de ações intersetoriais decorrentes. Utilizou-se como metodologia o modelo de Análise de Conteúdo. Concluiu-se ser refutável a hipótese da pesquisa em que se afirmava que o Setor Saúde teria suas atribuições restritas para realizar o monitoramento da qualidade do ar. Ao contrário, observou-se um redirecionamento de suas ações, em que se estabeleceu uma relação dialética intersetorial positiva, nutrindo-se, na fase de implementação, de novas forçantes políticas, tangenciando e agregando potencialidades e vulnerabilidades restritas a outras políticas já existentes e, com isso, ampliando suas dimensões no sentido da prevenção e promoção da saúde.