Avaliação de diferentes dietas líquidas associadas ao enriquecimento ambiental no desempenho e comportamento de bezerros leiteiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Marcos Donizete da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-15032019-162845/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de duas dietas líquidas , associadas ao uso de enriquecimento ambiental (EA) em bezerros alojados individualmente. O delineamento experimental foi um fatorial 2 x 2, sendo avaliadas duas dietas líquidas (leite ou sucedâneo lácteo) e ausência ou presença de EA (bico de mamadeira e coçador). Foram utilizados 24 bezerros recém-nascidos da raça Holandês, distribuidos em 4 tratamentos: Leite, Leite + EA, Sucedâneo, Sucedâneo + EA. O sucedâneo lácteo continha em sua composição 22,33 % PB, 15,96% EE e 1,07% de FDN, na matéria seca, e foi diluído para uma concentração de 14% de sólidos. O leite apresentava 3,37% PB, 3,38% EE na matéria seca e 12,25% de sólidos. Os animais foram alojados em abrigos individuais e tinham livre acesso a água e ao concentrado. Foi utilizado um programa alimentar step up/step down, com desaleitamento realizado aos 56 dias de vida. Não houve efeito da associação das diferentes dietas líquidas com EA sobre o desempenho dos animais (P>0,05), mas houve tendência (P<0,082) de redução do consumo de concentrado para animais com acesso ao EA. O desempenho animal foi sigificativamente afetado pelo fator idade (P<0,05). A associação de dieta líquida com EA não afetou os parâmetros metabólicos, mas animais aleitados com leite apresentaram maiores concentrações de B-Hidroxibutirato e ureia plasmática (P>0,05). Da mesma forma, a combinação de dietas com EA não afetou o escore fecal, mas animais aleitados com sucedâneo apresentaram fezes mais fluidas (P>0,05). Não houve alteração no repertório comportamental dos animais em função de diferentes dietas líquidas associadas ao EA (P>0,05). Durante o período de avaliação de duas horas após o aleitamento da manhã, os animais passaram a maior parte do tempo em ócio (60%), seja em pé ou deitado. Os outros 40% do tempo foram gastos com atividades relacionadas a alimentação, como pastejando (8,5%), consumindo concentrado (3,8%); atividades fisiológicas, como dormindo (5,45%), ruminando (1,3%), defecando (0,6%), urinando (0,1%); ou ainda atividades comportamentais, como explorando o ambiente (6,3%) e se lambendo (6,7%). Os animais utilizaram o EA por aproximadamente 1,4% do tempo somente e vocalizaram durante 1,7% ou realizaram mamada não nutritiva por 1,9%. Houve tendência (P<0,0627) para redução na vocalização e função da disponibilidade de EA. O fornecimento de diferentes dietas líquidas associadas ou não ao EA não afetaram o desempenho, metabolismo ou comportamento animal. No entanto, não se descarta a possibilidade de ganhos no bem-estar dos animais com o uso de enriquecimento ambiental uma vez que, os animais vocalizam menos durante o processo de desaleitamento.