Desinfecção de efluentes de esgoto sanitário pré-decantado empregando radiação ultravioleta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Daniel, Luiz Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
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Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-10122024-120301/
Resumo: O escopo deste trabalho divide-se em duas partes distintas. A primeira delas refere-se à revisão bibliográfica da literatura, publicada entre 1929 a 1988, relativa às fontes e aplicações de radiação ultravioleta na desinfecção de águas de abastecimento e de efluentes de esgotos sanitários, tratados a nível secundário ou com grau de trata mento inferior. Refere-se também aos mecanismos de inativação dos microrganismos e à fotorreativação dos microrganismos irradiados. A segunda parte refere-se à fase experimental, realizada com o objetivo de verificar a aplicabilidade da radiação ultravioleta como desinfetante de esgotos sanitários pré-decantados. Constou também, como objetivo, a avaliação da influência do material particulado em suspensão na eficiência do método de desinfecção, a capacidade de recuperação (fotorreativação) dos microrganismos irradiados e o comportamento de espécies de microrganismos não incluídos no grupo dos coliformes totais, tomados como microrganismos indicadores. A fase experimental foi realizada em uma estação piloto que constou de um canal construído em chapas de aço, com 50 em de largura e 1, 70 cm de comprimento total. Sob este canal foi fixada uma cúpula refletora em forma de paralelepípedo reto-retangular, revestida com folhas de alumínio polido, que continha quatro lâmpadas de baixa pressão de vapor de mercúrio, de 15 W de potência nominal, e 45 em de comprimento total. Foram realizados ensaios para lâminas de 2,o; 3,0; 4,O e 6,O cm de espessura com tempos de exposição de 20 a 900 segundos para a lâmina de 2,O cm e de 40 a 120 segundos para as outras lâminas. Os resultados obtidos permitiram concluir que a inativação dos microrganismos indicadores segue a lei de CHICK para tempos de exposição da ordem de até 80 segundos. Para tempos de exposição superiores, houve tendência em manter constante a eficiência de inativação. Tal comportamento possivelmente seja devido à presença de material particulado que protege os microrganismos da ação da radiação ultravioleta. Os ensaios de fotorreativação revelaram que os microrganismos indicadores possuem mecanismos de recuperação das lesões causadas pela radiação ultravioleta. Esta recuperação reduz a eficiência do método de desinfecção, sendo necessário aumentar-se a dose incidente para se obter a mesma eficiência, quando não se considera a fotorreativação. Para a lâmina líquida de 6,O cm de espessura, o aumento de dose chega a ser de até 62 %.