Estilos parentais dos adolescentes com obesidade no ambulatório de nutrologia da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Moro, Valeria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-29102024-163413/
Resumo: Introdução: A obesidade na infância e na adolescência permanece como um grave problema de saúde pública e um grande desafio a todos profissionais de saúde, quer seja pela alta prevalência, pela complexidade dos fatores etiológicos associados, maior chance de persistência na vida adulta, comorbidades envolvidas e dificuldades imensas na adesão e no sucesso do tratamento. Objetivos: Classificar os Estilos Parentais dos adolescentes com obesidade que realizaram a primeira consulta no ambulatório de nutrologia da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto no período de 2017-2023. Casuística e Métodos: O estudo tem delineamento transversal, a população estudada foi a amostra de adolescentes que realizaram a consulta de primeira vez no referido ambulatório no período de 2017-2023, total de 100 participantes. Foi realizada a aplicação do questionário de Exigência e Responsividade aos adolescentes que preencheram os critérios de inclusão e aceitaram participar e a análise foi descritiva. Resultados: Foi verificado que 56% da amostra era do sexo masculino, 48% estavam na faixa etária de 10-13 anos, 42% na faixa etária de 14-16 anos e 10% se encontravam na faixa etária de 17-19 anos. O IMC médio foi de 32,8 Kg/m² e 59% foi classificado como já apresentando obesidade grave. As mães representavam 65% do cuidador presente na data da consulta de aplicação do questionário e dentre as mães, 34,7% foram classificadas como autoritativas e 39,5% dos pais tiveram essa classificação. O segundo estilo em maior percentual verificado foi o negligente, com 29,5% e 36,3% das mães e dos pais, respectivamente, tendo recebido essa classificação. Quanto ao estilo autoritário, 17,9% classificou as mães e 12,1% os pais, tendo sido o mesmo percentual verificado para o estilo indulgente, quanto à mãe e ao pai respectivamente. Na avaliação conjunta (mãe e pai) 36,7% são classificados como autoritativos e o mesmo percentual como negligentes. Dentre os adolescentes com obesidade grave 44% classificam seus pais como negligentes. Conclusões: O presente estudo demonstrou que a maioria dos adolescentes da amostra é do sexo masculino, a obesidade grave já está presente em 59% e a média do IMC é de 32,6 Kg/m². As mães representam mais de dois terços do cuidador presente na consulta. Mais de 60% dos adolescentes não classificam seus pais como autoritativos, o perfil associado a melhores práticas alimentares e a maior autocontrole. Sendo o ambiente familiar um dos cenários na etiologia da obesidade, os Estilos Parentais podem representar mais um caminho para o enfrentamento e embora haja necessidade de mais estudos e aprofundamento do tema, as discussões com o poder público se fazem necessárias a fim de incluir essa importante abordagem na prevenção e no tratamento, sendo mais uma importante ferramenta que pode ser implementada dentro das Políticas Públicas.