A memória dos moradores do Araguaia sobre \"Osvaldão\": liderança, luta e resistência! 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Petta, Renata Lemos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-26062017-101133/
Resumo: A presente pesquisa trata de analisar a memória dos camponeses do Araguaia sobre um de seus principais Guerrilheiros Osvaldão. A partir da participação da autora da pesquisa em um documentário intitulado Osvaldão foram coletadas entrevistas e através dela identificamos as memórias míticas em torno do personagem supracitado. Essas memórias revelam um homem com qualidades extraordinárias e até sobrenaturais. Nosso objetivo é analisar que elementos propiciaram essa memória mítica e como ela permanece presente entre os moradores do Araguaia. Com as contribuições de Martin Baró, Halbwachs e Selligman Silva compreendemos a relações de trauma e das diferentes estratégias da memória para garantir a própria sobrevivência de quem lembra. A simbolização e a criação do mito surge então como o necessidade para conseguir dar sentido onde não se tem. Essa possibilidade de criação simbólica, de resistência e também o intenso sentimento de solidariedade entre os moradores e Osvaldão funcionam como referências da memória. Em Benjamin, compreendemos que os componentes miraculosos das narrativas funcionam como fatores fixadores e perpetuadores dela. Nas entrevistas percebemos o intenso afeto dos moradores com Osvaldão, o trauma das vivências na guerra e a criação do mito não só como estratégia de sobrevivência dos moradores mas também de Osvaldão