O ensino das noções de saúde e doença em duas escolas de Psicologia de São Paulo e sua apropriação pelos alunos de graduação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Paulo André da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-08102007-091919/
Resumo: O presente trabalho buscou compreender de que forma e em que medida os cursos de formação de psicólogo contribuem para a atuação profissional no campo da saúde. Para tanto se utiliza das Representações Sociais. A técnica de análise de conteúdo de discursos está embasada no referencial de matrizes de Hacking para compreender como se constituem interagem os objetos e as idéias sobre saúde na graduação em psicologia. Neste estudo, o material analisado para atingir o objetivo proposto consiste em relatos orais e iconografia produzidos por estudantes de graduação em Psicologia de duas universidades paulistas, sendo considerado as finalidades da educação que se embasaram nas dimensões filosóficas da educação em saúde. Do ponto de vista metodológico, os argumentos para a análise foram extraídos de cartazes iconográficos e relatos orais resultantes de dinâmicas de grupo com estudantes de graduação em psicologia (um total de 77 informantes) de duas universidades paulistas. Uma delas considerada uma das maiores universidades privadas do país e a outra, pública, com tradição no campo da formação de psicólogos. Os resultados mostraram que os estudantes têm dificuldade de integrar as múltiplas dimensões da saúde e, particularmente de referir-se à ela como processo. Os alunos manifestaram predominância nas interpretações positivistas, valorizando sobremaneira os componentes biológicos, em detrimento da dimensão social, como determinante do estado de saúde. Em nenhum momento os grupos apreenderam a dimensão coletiva da saúde como importante na determinação do processo saúde-doença e para sua atuação profissional. Conclusão: A formação acadêmica dos psicólogos tal qual estruturada no curriculum escolar destas duas escolas parece não contemplar uma práxis transformadora do modelo de atenção à saúde.