Cartografias cruzadas: os caminhos do samba e os traçados do Plano de Avenidas em São Paulo (1938-1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pereira, Bruno Ribeiro da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-15082018-151443/
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo mapear as práticas de espaço do samba em São Paulo entre os anos de 1938 e 1945. Tal período é marcado pela continuação da implantação do projeto urbanístico Plano de Avenidas, cujo foco recaía sobre a remodelação do sistema viário da cidade. O mapeamento do cruzamento dessas duas formas de práticas, o caminhar do samba e o traçado da remodelação urbana, nos permite vislumbrar uma certa paisagem cotidiana. Essa paisagem é também dotada de sons, informantes, à sua maneira, de modos de fazer a metrópole e de nela fazer-se presente. Assim, surge, entre os barulhos e ruídos característicos da cidade moderna, um samba interessado em constituir-se como moderno e participante de tal universo. No contexto do Estado Novo (1937-1945) e da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os praticantes do samba que nos relatam suas práticas, produzem, a seu modo, articulações políticas e incursões tático-estratégicas em territórios outros. Dessa forma, relatam uma paisagem cotidiana, produto e produtora de uma nova cidade, sob uma perspectiva bastante específica: a da circulação. Em busca de um lugar comum para a constituição de uma trajetória individual ou da participação no centro da cidade enquanto habitante de um bairro, as investidas do samba em direção às diferentes centralidades do período são formas de saberes próprios que são aqui tomados como ferramentas para a compreensão de uma modernização que caminha não apenas do planalto à várzea, mas também da várzea ao planalto.