Hipomineralização Molar Incisivo (HMI): desfechos relevantes em estudo epidemiológico e preferências dos pais em relação ao tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mendonça, Fernanda Lyrio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25145/tde-03052024-093848/
Resumo: O artigo 1 avaliou a associação entre a Hipomineralização Molar Incisivo (HMI) e a Hipomineralização de Molares Decíduos (HMD) em 680 escolares. Os dados foram analisados através de análise descritiva e modelo de regressão logística (MRL). Dentre as crianças avaliadas, 4,3% apresentaram HMD e HMI. O MRL mostrou que o sexo e a HMD impactaram na ocorrência de HMI. Crianças com HMD tiveram 2,9 vezes mais chances de ter HMI do que aquelas sem HMD. O artigo 2 comparou diferentes índices de diagnóstico de HMI o índice HMI simplificado/MIH_s e estendido/MIH_e e o MIH-Severity Scoring System/MIH-SSS, em 680 escolares. A prevalência de HMI foi de 24,7% e a característica clínica mais comum foi a opacidade demarcada (81,7%-MIH_s e 85,45%-MIH-SSS). Observou-se uma associação positiva entre os índices (teste qui-quadrado). O MIH-SSS demonstrou um tempo médio de aplicação menor comparado ao MIH_s e MIH_e (ANOVA/Tukey). Todos os índices diagnosticaram efetivamente HMI e suas características. O artigo 3 avaliou se a ocorrência de fratura pós-eruptiva, restauração atípica e cárie atípica é influenciada pela cor da opacidade em dentes com HMI. Os dados foram analisados através de análise descritiva e teste qui-quadrado. A ocorrência da opacidade demarcada amarelo-marrom foi 63,29% e observou-se que sua presença influenciou na ocorrência de fratura pós-eruptiva, restauração atípica e cárie atípica. O artigo 4 avaliou se o número de dentes afetados pela HMI, gravidade da HMI, experiência anterior de cárie, índice de placa visível (IPV), índice de sangramento gengival (ISG), idade e sexo impactam no desenvolvimento de lesão de cárie em primeiros molares permanentes. Escolares (n=476) foram avaliados para o diagnóstico de HMI, cárie, IPV e ISG. Regressão binomial negativa inflacionada de zeros foi utilizada para avaliar o impacto das variáveis no desenvolvimento de cárie considerando ou não a restauração em molares com HMI. Na presença de restauração, a idade, a gravidade da HMI e a experiência anterior de cárie impactaram significativamente no desenvolvimento de lesão de cárie (R2=0,176). Sem considerar as restaurações atípicas nos molares afetados pela HMI, apenas a idade e a experiência anterior de cárie foram estatisticamente significantes (R2=0,167). A HMI não influenciou na presença de lesões de cárie nos molares com HMI. O artigo 5 avaliou o conhecimento e preferência dos pais em relação a diferentes tratamentos para HMI. Os pais (n=50) responderam um questionário de conhecimento sobre HMI antes e depois da exibição de um vídeo explicativo, seguido de um questionário com diferentes situações clínicas e opções de tratamento. Os dados foram analisados através de análise descritiva e teste de Wilcoxon. Foi observado o aumento do nível de conhecimento e confiança após a exibição do vídeo. Para molares, as escolhas dos pais foram diferentes nos cenários com presença de dor em comparação com os cenários sem relato de dor. Para incisivos, notou-se que os pais optaram por uma abordagem mais invasiva na presença de dor e queixa estética.