Uma abordagem matemática para auxiliar o diagnóstico de demências: tratando incertezas e quantificando processos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Freire, Rodolpho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-04032015-154801/
Resumo: Este trabalho apresenta o desenvolvimento de um modelo para quantificar e apoiar o processo diagnóstico de demências (Demência de Alzheimer, Demência Vascular, Demência Frontotemporal e Demência de Corpos de Lewy), composto por três sub modelos. O primeiro modelo matemático proposto e baseado na teoria dos conjuntos fuzzy e tem como objetivo fornecer um escore de comprometimento cognitivo. Como resultado de sua aplicação em uma base com dados reais com 60 casos, obtivemos 52 acertos e 8 erros (13%) e uma área sob a curva ROC de 0,80. O segundo modelo permite identificar o tipo de demência, e optouse por utilizar um diagrama de decisão para representar o conhecimento do especialista. O diagrama foi modelado com base nas características de cada patologia e quando submetido aos testes dos especialistas obtivemos índices de erro que variam de 2% a 18%. Sendo a demência de Alzheimer a mais prevalente entre as demências e considerando a importância das neuroimagens para o diagnóstico diferencial, realizamos a avaliação de três técnicas de análise de neuroimagem, sendo duas multivariadas e uma univariada. Como resultado obtivemos que os modelos multivariados se mostram mais eficientes para avaliação de alterações morfológicas no cerébro em relação aos modelos univariados. Porém a complexidade de realização das análises não permitem nesse momento a integração de técnicas de avaliação de neuroimagens com modelos diagnósticos a serem usados em ambulatório. Durante a anamnese, o médico avalia, além do comprometimento cognitivo, sinais e sintomas que permitam identificar o tipo de demência bem como um conjunto de fatores de risco e de proteção que permite mensurar o risco do indivíduo desenvolver algum tipo de demência. Para avaliar esses fatores foi criado um modelo de risco de demência com base nos fatores de risco e proteção que comumente são analisados pelos médicos. Esse modelo foi avaliado por três especialistas e obtivemos índices de erro que variaram entre 13% e 20% e um índice de correlaço de Spearman que variou de 0,63 a 0,69.