A imagem-mensagem: cultura visual e design dissidente nas redes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Prata, Didiana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16140/tde-29062023-100733/
Resumo: As imagens que circulam nas redes constituem artefatos gráficos e informacionais e representam novos paradigmas no campo da cultura visual e do design gráfico contemporâneo. A partir desta afirmação, a tese investiga a linguagem visual dessa imageria e o papel do design como ferramenta mediadora para a criação, visualização e arquivamento das estéticas das redes. Os aportes teóricos articulam-se em torno dos experimentos gráficos Calendário Dissidente: cultura visual e memória política brasileira, Pantone Político e Glossário Imageria. E estão estruturados em três pilares: A imagem no design, Modos de ver e Imageria. No capítulo A imagem no design, definimos a imagem-mensagem, termo usado para caracterizar esta peça gráfica com multifunções informacionais e narrativas. Investigamos essas imagens dissidentes a partir de um recorte histórico as eleições presidenciais em 2018, até os dois primeiros anos da gestão de Jair Bolsonaro, em 2020 relacionando os acontecimentos das ruas e a produção e circulação de narrativas no Instagram. O site Calendário Dissidente utiliza-se de um design de informação para arquivar e expor cronologicamente as imagens pela metodologia de visualização de dados extraídos através das hashtags #designativista, #desenhosopelademocracia, #coleraalegria, #mariellepresente, #foragarimpoforacovid e #projetemos. O site Pantone Político foi criado para combater as fakenews sobre a pandemia do coronavírus. O projeto utiliza-se de extração de dados textuais do Twitter por meio de jogos de linguagem. Ambos estão disponibilizados para o público. O segundo capítulo, Modos de ver, apresenta as estratégias metodológicas propostas para a classificação das imagens. Propõe uma análise semântica e interdisciplinar, a partir da cultura do design. Uma segunda abordagem envolve o uso de Inteligências Artificais (IAs) e um processo de design set de criação de classificadores (rotuladores de imagens) a partir de paradigmas estéticos. Aponta a subjetividade humana e maquínica envolvida no processo de treinamento e na interpretação das múltiplas linguagens empregadas nesses objetos. Por fim, o capítulo Imageria discute as tipologias da imagem digital apresentando uma visão caleidoscópica sob a perspectiva da cultura visual e das novas tecnologias amalgamadas às imagens. O Glossário Imageria compila quarenta e oito verbetes editados para elucidar as discussões ao longo da pesquisa e acompanha um ensaio audiovisual. Os conteúdos dos capítulos estão inter-relacionados e traçam um diálogo com as galerias Design de impacto (cartazes dissidentes de outros períodos da história) e Uso de IA para fins artísticos e curatoriais (instalações, sites e imagens de artistas que usam criticamente essas ferramentas). Desta maneira, a tese apresenta uma perspectiva teórico-metodológica para investigarmos a imageria das redes sob a ótica projetual do design. Encontra-se disponível em www.imageria.usp.br.