Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Erdogmus, Graziella Diogenes Vieira Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-23042010-152733/
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Resumo: |
A perda de área foliar, em sua maior parte resultante da ação de herbívoros, é um dos fatores que regulam o sucesso reprodutivo de uma planta e indiretamente de todos os consumidores relacionados na comunidade. A maior parte dos estudos feitos com perda foliar e herbivoria são pontuais, ou seja, referem-se a uma ou poucas espécies vegetais. Para os cerrados, a savana tropical brasileira, a maior savana em extensão e diversidade no mundo, não há nenhum estudo que investigue a dinâmica de perda de área foliar ao longo do tempo na comunidade, considerando os fatores climáticos e fenológicos que podem influenciar este processo, além da presença dos principais predadores de herbívoros atrópodes na vegetação de cerrado, as formigas, sendo este o principal objetivo do presente estudo. O estudo foi desenvolvido em uma área de reserva de Cerrado de 628 ha, situada em Uberlândia, MG (18º59S, 48º18O), tendo os dados sido coletados de janeiro a dezembro de 2007 (bimestralmente) e de 2008 (mensalmente). Foram estabelecidos aleatoriamente na área de cerrado sensu stricto da reserva, 15 quadrantes de 10m x 10m onde todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito igual ou superior a três centímetros foram marcados e incluídos na amostra. Em cada quadrante observou-se (sem remoção), seis folhas (escolhidas aleatoriamente duas da parte alta, duas da parte mediana e duas de ramos mais baixos), por planta de cada espécie, sendo registrada a porcentagem de área foliar perdida. Foram amostrados um total de 1006 indivíduos distribuídos em 82 espécies e 34 famílias. A espécie Ouratea spectabilis (137 indivíduos) foi a mais abundante na área de estudo, seguida de Banisteriopsis malifolia (122), Machaerium acutifolium (59) e Tabebuia ochracea (41). A perda de área foliar variou significativamente ao longo do tempo (meses) e entre as famílias e espécies de plantas. Os meses mais secos do ano apresentaram a maior perda de área foliar tanto em 2007 (abril, junho e agosto) quanto em 2008 (de maio a agosto). Os fatores climáticos influenciaram significativamente a perda de área foliar, pois ela variou ao longo do tempo. Portanto, os resultados do presente estudo indicaram que a perda de área foliar da comunidade de plantas de cerrado varia sazonalmente e ocorre com maior intensidade na estação seca. Fatores abióticos como temperatura e precipitação influenciam a fenologia das espécies de plantas, que buscam o melhor momento para maximizar seu desenvolvimento e evitar que inimigos naturais causem perdas significativas para sua sobrevivência e sucesso reprodutivo. As características de cada espécie promovem diferenças na perda de área foliar, devido às defesas e/ou associações mutualísticas que possuem. A presença de nectários extraflorais associados às formigas desempenha um papel significativo para as plantas. Dentre os fatores bióticos, a presença de ninhos de formigas Ectatomma teve um impacto positivo para as plantas reduzindo a perda de área foliar. |