Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sargiani, Renan de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-07102016-182310/
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Resumo: |
Aprender a ler e a escrever em sistemas alfabéticos de escrita, como em português do Brasil, depende de um processo cognitivo de formar conexões entre as letras nas grafias de palavras escritas e os sons nas pronúncias de palavras faladas, o que se denomina de mapeamento ortográfico. Evidências provenientes de estudos com falantes do inglês demonstram que as crianças nas fases iniciais da aprendizagem da leitura e da escrita realizam o mapeamento ortográfico no nível grafofonêmico, isto é, das letras e fonemas; posteriormente quando elas adquirem mais experiência em leitura elas passam a utilizar o mapeamento ortográfico em um nível maior usando unidades como as sílabas, i.e., unidades grafossilábicas. Como as sílabas são muito proeminentes em português, pesquisadores e professores tem sugerido que crianças falantes do português poderiam se beneficiar mais de instruções iniciais que enfatizam as sílabas do que os fonemas. Os objetivos principais deste estudo foram investigar: 1) se as crianças se beneficiam mais do ensino de mapeamento ortográfico de fonemas ou de sílabas no início da aprendizagem da linguagem escrita em Português do Brasil e 2) se incluir instrução sobre gestos articulatórios no ensino de mapeamento ortográfico de fonemas melhora a habilidade de segmentação fonêmica mais do que o treinamento sem esse componente. Este é um estudo experimental com um design de préteste e pós-testes e atribuição aleatória de participantes para os grupos experimentais e controle. Noventa crianças falantes do Português do Brasil, com média de idade de 4 anos e 5 meses, foram selecionadas em uma escola pública da cidade de São Paulo, SP, Brasil. As crianças receberam instruções em pequenos grupos em uma de 4 condições: 1) mapeamento ortográfico de fonemas com articulação (MOF+A), 2) mapeamento ortográfico de fonemas sem articulação (MOF), 3) mapeamento ortográfico de sílabas sem articulação (MOS), ou 4) desenhos com temas livres (Controle). Em seguida, as crianças foram avaliadas em uma tarefa de aprendizagem de palavras seguida por tarefas de leitura, escrita, segmentação fonêmica e silábica. Os resultados mostraram que as crianças nos grupos MOF+A e MOF superaram as crianças nos grupos MOS e Controle em tarefas de leitura e de escrita. A instrução com gestos articulatórios beneficiou as crianças mais do que a instrução sem esse componente. O grupo MOF+A superou os outros em segmentação fonêmica, leitura e escrita. Em um estudo de acompanhamento (follow-up) realizado um ano e meio mais tarde, 48 crianças, 12 de cada condição experimental, foram avaliadas novamente em várias habilidades de literacia. As crianças que receberam previamente os treinamentos em mapeamento ortográfico de fonemas tiveram melhor desempenho nas tarefas de segmentação fonêmica, de leitura e de escrita, do que as crianças que receberam treinamento em mapeamento ortográfico de sílabas e as crianças do grupo controle. Os resultados em conjunto mostram que, apesar do fato de que as sílabas são unidades muito salientes em Português do Brasil, o ensino de mapeamento ortográfico de fonemas para leitores e escritores iniciantes é mais eficaz do que o ensino do mapeamento ortográfico de sílabas |