Avaliação quantitativa automática de volumes e densidades pulmonares em TCAR de pacientes com esclerose sistêmica antes e após transplante de medula óssea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Fabrício Arantes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17158/tde-26072019-154521/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar as medidas de volume e densidade pulmonar em exames de tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) de tórax de pacientes com esclerose sistêmica (ES), antes e após o transplante de medula óssea (TMO). As medidas foram comparadas com a avaliação funcional e resposta ao tratamento. Este foi um estudo retrospectivo observacional. A avaliação clínica e tomográfica foi realizada antes, após 6 e 18 meses do TMO, dos pacientes com ES que realizaram o procedimento entre 2011 e 2017. A análise quantitativa da TCAR foi feita utilizando programa totalmente automatizado (Yacta), capaz de obter o volume pulmonar, a densidade pulmonar média e os percentis de atenuação (P10, P40, P50, P80 e P90). Os dados clínicos, incluindo o resultado das espirometrias, foram obtidos dos prontuários eletrônicos dos pacientes. A capacidade vital forçada (CVF) aos 18 meses foi utilizada para classificar os pacientes em grupo \"melhor resposta\" (aumento >= 10% dos valores da CVF) ou \"resposta estável\" (redução, estabilidade ou aumento < 10% na CVF). Nenhum paciente apresentou redução da CVF > 10% pós-TMO. Foram incluídos 33 pacientes, com alteração tomográfica ou da função pulmonar antes da realização do TMO. O grupo \"melhor resposta\" foi composto por 15 pacientes (45,4%, 4 homens, idade média de 32,1 anos), enquanto o grupo \"resposta estável\" por 18 pacientes (54,6%, 4 homens, idade média de 37,5 anos). A análise quantitativa das TCAR não demonstrou diferença significativa entre os grupos na fase pré-TMO. No grupo \"melhor resposta\" houve redução significativa da densidade pulmonar média e dos valores dos percentis de densidade após o TMO, destacando-se os percentis 80 e 90. No grupo \"resposta estável\" não houve alteração significativa pós-TMO nos valores de volumes e densidades pulmonares. Concluímos que a análise quantitativa automática da TCAR de pacientes com ES foi capaz de identificar redução significativa da densidadepulmonar nos pacientes com melhora significativa da função pulmonar. Inferimos que, além dos volumes e densidades médias, podem ser utilizados também os percentis de densidade como parâmetro no acompanhamento da doença intersticial. Esta ferramenta pode representar um biomarcador na avaliação de tratamento da doença intersticial pulmonar na ES, complementando as provas de função pulmonar.