Saber da experiência e cuidado: o que podem as agentes comunitárias de saúde?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Helena Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/108/108131/tde-12082021-155904/
Resumo: Não se sabe ao certo a origem da ideia que culminou na existência da função de Agente Comunitário de Saúde (ACS). Há quem atribua a origem do contemporâneo ACS à figura do feldsher, um auxiliar médico que surgiu na Rússia Czarista. No Brasil, a figura de Agente Comunitário de Saúde surge na cidade de Jucás, no Ceará, entre 1979-1986. A partir de pesquisa bibliográfica, identificamos uma produção ampla de trabalhos sobre a formação, efetividade das ações e reconhecimento, assim, identificamos um certo modo hegemônico de compreender o trabalho, saberes e práticas dos ACSs. Insiste-se em descrever esse(a) profissional como carente de formação técnico científica e objeto de avaliação.Muito poucos trabalhos se dedicam às potencialidades e ao fortalecimento da profissão, com sua identidade particular de liderança comunitária e pertencimento social, para além da sua capacidade técnico- científica e mais de escuta e vínculo. O objetivo deste trabalho é reconhecer experiências como processos intersubjetivos modeladores e qualificadores das relações e práticas de cuidado a partir de narrativas de Agentes Comunitárias de Saúde. Para isso, utilizamos entrevistas narrativas com seis ACS de uma unidade de saúde mista da zona norte de São Paulo em agosto de 2019. Ao dialogarmos com a ideia de experiência e saber da experiência desenvolvida por Jorge Larrosa, construímos um pequeno espaço de possibilidade para discutir a complexidade das relações humanas e a singularidade de cada sujeito. O processo formativo tradicional não considera as diferentes camadas de compreensão de mundo e modos de se relacionar que operam como moduladores de relações e práticas, o que invisibiliza aspectos de nossa prática profissional condicionados por outros fatores culturais e relacionais, levando a processos formativos sem sentido e normativos.