O 'habitus' e o monge: uma análise das contradições das concepções de bons professores de inglês como língua estrangeira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Pouza, Sullivan Silk
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-17092002-122933/
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo principal a análise e a discussão das contradições das concepções de bons professores de Inglês como língua estrangeira. Para tanto, realizamos uma pesquisa em que procedemos à coleta de dados, constituídos de observações de aulas de Língua Inglesa (18 horas) e entrevistas com alunos, professores e diretores (20 horas) de duas escolas públicas da grande São Paulo. O quadro teórico-metodológico que fundamenta nosso estudo é baseado na perspectiva etnográfica de pesquisa aplicada à sala de aula, a qual ressalta, principalmente, os aspectos intersubjetivo e ideológico que estruturam os fenômenos sociais. Abordamos, igualmente, o conceito de habitus pedagógico elaborado por Bourdieu e Passeron a fim de investigarmos a nossa hipótese, a saber: como concepções heterogêneas e conflitantes de bons professores de Inglês como língua estrangeira emergem das experiências dos sujeitos que compõem as comunidades escolares estudadas. Dado o caráter instável e conflitante do habitus pedagógico, concluímos que não há evidências de uma interpretação monolítica que possam ser depreendidas dos repertórios discursivos dos alunos, professores e diretores das comunidades escolares. Concluímos, também, a partir das críticas e das re-visões do conceito de habitus, que as questões relacionadas às mudanças sociais e à democracia na educação devem ser entendidas fora da imobilidade social apregoada pelo conceito de habitus, tornando-se necessário ir além dos preceitos difundidos pelas perspectivas reprodutivistas em educação. Propomos esse deslocamento levando em conta os pressupostos da pedagogia crítica e da possibilidade, os quais vislumbram uma conscientização mais democrática e transformadora do processo de ensino/aprendizagem no ensino público.