Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Bataglia, Walter |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-26022007-112315/
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Resumo: |
A presente pesquisa visou levantar dados que permitissem aprofundar o entendimento sobre as habilidades organizacionais de resolução de conflitos e sua relação com o consenso entre os gestores no processo decisório estratégico de organizações inseridas em ambientes organizacionais dinâmicos, complexos e não munificentes (DCM-). Desenvolveu-se, para tanto, um conjunto de hipóteses relacionando esses construtos, que foram testadas com dados sobre o processo decisório estratégico de organizações do segmento de Telefonia Fixa do setor de Telecomunicações da economia brasileira. Os dados foram coletados pela aplicação de 39 questionários em gestores selecionados, via amostragem aleatória simples, de uma população alvo de 55 gestores. As hipóteses foram testadas usando-se as técnicas estatísticas de análise de significância univariada e de análise de regressão bivariada e multivariada. Os resultados mostraram que as características do ambiente organizacional DCM- influenciam o desenvolvimento de competências organizacionais de resolução de conflitos nas organizações nele inseridas, gerando duas possíveis abordagens para a solução dos conflitos que emergem entre os gestores no processo decisório estratégico. Na primeira, os conflitos são resolvidos em conjunto pelas partes opositoras, a partir de uma postura cooperativa. Eventuais impasses são resolvidos por mediação e/ou por um terceiro com autoridade legítima, com base na cooperação das partes. Essa abordagem está associada com um maior nível de racionalidade e compreensão da decisão pelos gestores e com um maior nível de consenso no processo decisório estratégico. Além disso, vincula-se a menores níveis de atividade política e ao maior comprometimento dos gestores. Na segunda, os conflitos são resolvidos por atividades políticas e eventuais impasses por mediação. Essa abordagem vincula-se a um menor nível de comprometimento dos gestores. Esses resultados levam a duas implicações. A primeira é que as competências organizacionais de resolução de conflitos determinam padrões interativos recorrentes entre executivos que influenciam o processo decisório estratégico tanto quanto as características da decisão. Isso contrasta com abordagens anteriores que colocam as características da decisão como soberanas. A segunda é que a alta administração deve estar atenta ao balanceamento do uso das abordagens cooperativa e competitiva na resolução dos conflitos no processo decisório estratégico, de forma a dosar os níveis de atividade política, cooperação, inação, e consenso que se deseja manter na organização. |