A saúde do idoso em Maringá: análise do perfil de sua morbi-mortalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Mathias, Thais Aidar de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-09032020-104605/
Resumo: Objetivo: O objetivo deste estudo foi conhecer a situação de saúde de idosos residentes em Maringá-PR, por meio da análise da mortalidade segundo sexo, idade e causa básica de óbito e da morbidade hospitalar segundo sexo, idade, diagnóstico principal de internação, média de permanência e tipo de saída. Material e Método: População idosa, neste estudo, refere-se às pessoas com 60 anos e mais de idade. Para a mortalidade o período analisado foi de 1979 a 1998, agrupado em quatro triênios: 1979/81, 1984/86, 1990/92 e 1996/98 e os dados foram obtidos do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde. Para a morbidade hospitalar o período analisado foi de 1995 a 1998 e os dados foram obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS. As informações sobre população referem-se aos censos demográficos com estimativas para os anos intercensitários. Os indicadores de mortalidade e morbidade foram apresentados por capítulos, agrupamentos ou diagnósticos mais freqüentes, codificados segundo a Classificação Internacional de Doenças, 9a e 10a Revisões. Os dados foram analisados através de medidas de proporção e taxas de mortalidade e morbidade hospitalar. Resultados: Entre 1979 e 1998 a população idosa residente em Maringá aumentou e houve queda na estimativa do risco de morte, mais importante para as mulheres. As causas mais freqüentes de óbito foram as doenças do aparelho circulatório, neoplasias e doenças do aparelho respiratório. Os coeficientes de mortalidade por doenças do aparelho circulatório e doenças infecciosas e parasitárias diminuíram e por doenças do aparelho respiratório, neoplasias e doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas aumentaram. Em 1998 houve 163,5 internações por 1000 habitantes idosos com valores maiores para as idades mais avançadas. As doenças do aparelho circulatório, respiratório e digestivo foram as mais importantes com mais de 70% das saídas hospitalares no período estudado. A média de permanência foi de 4,4 dias e o coeficiente de mortalidade hospitalar foi de 6,5 óbitos para cada 100 internações. Entre os diagnósticos de internação mais freqüentes as doenças do sistema nervoso, do aparelho geniturinário, do aparelho respiratório e digestivo foram as que apresentaram maior relação hospitalização/óbito. Conclusões: O aumento da longevidade é uma conquista e a velhice deve ser considerada como uma etapa da vida que deve ser desfrutada com qualidade. É preciso implementar na comunidade ações de promoção à saúde mais agressivas direcionadas aos riscos de óbito, principalmente por doenças cardiovasculares, neoplasias e doenças respiratórias crônicas. Por isso os serviços de saúde, considerados, dependendo do atendimento, co-responsáveis por complicações e mortes precoces no idoso, devem estar preparados para oferecer atenção em quantidade e qualidade suficientes para essa população.