A expansão do ensino de medicina no Brasil e o Programa Mais Médicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nassar, Leonardo Maso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-11022022-120847/
Resumo: O Programa Mais Médicos (PMM), elaborado em 2013, teve objetivo de combater a má distribuição médica no Brasil, um problema nacional histórico. O programa teve como objetivos a alocação da força de trabalho médica em áreas desfavorecidas e a reordenação da oferta de cursos de graduação de medicina e programas de residência médica, estimulando a expansão da oferta de vagas no ensino superior médico. Tal expansão dos cursos de graduação, principalmente pela iniciativa privada, provoca questionamentos a respeito da estratégia da política pública para combater a má distribuição médica no território brasileiro. Para satisfazer tal questionamento, a pesquisa teve como objetivo principal: avaliar a relação entre o PMM com a concentração do setor privado no ensino de graduação de medicina no Brasil, com especial atenção ao combate à má distribuição médica no território brasileiro. Os resultados apresentam e discutem os achados com as distorções da expansão da oferta de cursos de medicina promovida pelo PMM e também a concentração educacional induzida pelo programa. Em conclusão, nota-se que o PMM irá expandir a oferta de mão de obra médica em decorrência da abertura de novos cursos de graduação em medicina, porém, a expansão apresentou potenciais erros nos processos de seleção municipal, nos programas de residência médica privilegiados e induziu a concentração educação em grandes grupos do setor. É importante alertar que somente a formação de médicos, como se houvesse uma \"produção fabril\" de profissionais, é insuficiente para solucionar o problema da má distribuição médica brasileira.