Resumo: |
A leishmaniose tegumentar é uma zoonose que ocorre endemicamente em 88 países, caracterizando-se como um grave problema de saúde pública nos países tropicais e subtropicais. Estima-se que o número de pessoas infectadas por Leishmania seja de cerca de 12 milhões e que ocorram entre 700 mil a 1,2 milhões de novos casos anualmente. O Brasil apresenta a maior prevalência de leishmaniose tegumentar na América, sendo que já foram identificadas seis espécies como causadoras de leishmanise tegumentar: Leishmania (Leishmania) amazonensis, Leishmania (Viannia) braziliensis, Leishmania (Viannia) guyanensis, Leishmania (Viannia) lainsoni, Leishmania (Viannia) naiffi, Leishmania (Viannia) shawi. Apesar de termos diferentes espécies causadoras de leishmaniose tegumentar no Brasil e com diferentes formas clínicas, a discriminação das espécies de Leishmania responsáveis por determinada lesão ainda é um desafio. Utilizando as técnicas qPCR, HRM e PCR multiplex, com pares de oligonucleotídeos contruídos e direcionados para o gene alvo hsp70, propomos uma alternativa para os ensaios utilizados atualmente para a identificação de Leishmania e diferenciação dos subgêneros Leishmania e Viannia em cultura de promastigota. A identificação do subgênero Leishmania obtida nos nossos resultados em amostras de cepas referência e em amostras de isolados de pacientes com suspeita de leishmaniose tegumentar atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, correspondem ao obtido por PCR-RFLP direcionada para o alvo kDNA com a enzima de restrição HaeIII realizada num estudo anterior. No entanto, este estudo permitiu a identificação do subgênero em apenas um passo, o que contribui para a redução do tempo, custo e manuseio de amostras. Diante desses resultados, sugere-se a validação da técnica em DNA de amostras de amastigotas de lesões tegumentares de pacientes diagnosticados com esta doença |
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