A arte da guerra no século XII: as campanhas italianas de Frederico I Barbarossa (1154-1162)

• Ano de defesa: 2004
• Autor(a) principal: Araujo, Vinicius Cesar Dreger de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Cultura; Culture; Economia; Economy; Guerra; Política; Politics; Sociedade; Society; War
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-13012023-160251/

Esta dissertação pretende analisar a Arte da Guerra no século XII através das duas primeiras campanhas italianas de Frederico I Barbarossa contra as comunas lombardas (1154-5 e 1158-62). Analisaremos como a guerra era parte fundamental do desenvolvimento da civilização no século XII, afetando e integrando áreas diversas do conhecimento e experiência como a Política, a Sociedade, a Cultura, a Economia e a Tecnologia, para alcançarmos a compreensão do fenômeno bélico dentro do conceito medieval de Arte: Ars, ou seja, a técnica do fazer. O objetivo das duas primeiras campanhas italianas de Frederico I foi a obtenção do controle sobre as regalia, direitos político-econômicos tradicionais dos imperadores germânicos, no Reino da Itália e contra tal investida opuseram-se as comunas lombardas, lideradas por Milão. Este confronto está inserido numa perspectiva maior de enfrentamento entre o Império e o Papado, iniciado na Contenda das Investiduras no século XI. Assim, a guerra do Império contra o Papado e as Comunas acabou por desenvolver-se em dois planos simultâneos de combate: intelectual (Propaganda e Diplomacia) e operacional (Cercos e Batalhas), além da preparação sócio-econômica para a ação. Deste modo poderemos demonstrar a complexidade do fenômeno bélico no século XII: a guerra podia envolver harmoniosamente conteúdos intelectuais e propriamente militares, além de ser um eixo para a concentração dos esforços daquela sociedade