Estabilidade ambiental e de cultivares de milho (Zea mays l.) na região centro sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Fernandes, Jose Sebastiao Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20181127-155749/
Resumo: Foi feito um estudo de estabilidade ambiental e de cultivares na região centro sul do Brasil, utilizando-se dados dos ensaios nacionais de milho conduzidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa agropecuária (EMBRAPA/CNPMS). Para o estudo da estabilidade de cultivares, dois métodos foram utilizados para avaliar os quinze cultivares de milho em estudo, em 30 ambientes diferentes (dez locais durante três anos). O primeiro método foi o de EBERHRRT & RUSSELL(1866) e o segundo o de SILVA & BARRETO(1985). Foram detectadas diferenças significativas entre os cultivares com relação aos parâmetros de estabilidade (media de produtividade de grãos, coeficiente de regressão e desvios de regressão). Alguns cultivares que foram considerados de adaptação geral pelo método de EBERHART & RUSSELL(1966), com b = 1, se mostraram bastante estáveis em ambientes menos promissores, com b 1< 1, e responsivos a ambientes mais promissores, com b2 > O, quando analisados pelo método de SILVA & BARRETO (1885). Outros cultivares, também considerados de adaptação geral pelo primeiro método, se mostraram mais responsivos a ambientes menos promissores, com b 1> 1 , e mais estáveis em ambientes mais promissores, considerando o segundo método. Pelo fato de ter sido detectada uma correlação alta e negativa (r = -0.85) entre as estimativas dos parâmetros de estabilidade b 1 e b 2 do método de SILVA & BARRETO (1885), o comportamento destes materiais em relação a estas estimativas pode ter sido, pelo menos em parte, inerente ao próprio método. Para o estudo da estabilidade ambiental, utilizaram-se dados de produtividade de grãos de cultivares de milho, comuns a cada dois anos, cobrindo um período de no mínimo 12 anos. A diferença de produtividade de grãos entre os cultivares de um determinado ano agrícola e os mesmos de um ano anterior, no mesmo local (flutuações ambientais ) , foi considerada devida a fatores de natureza climática. Foi estimada a média, o e o erro associado a esta media, para as flutuações de cada região, pelo método dos quadrados mínimos ponderados. O desvio padrão foi utilizado como estimador da flutuação média a qual esta sujeita uma determinada região em estudo. Estas flutuações ambientais foram bastante relevantes nos vários locais em estudo da região centro sul do Brasil. Grandes variações foram observadas entre estes desvios padrões pertinentes a cada local em estudo, desde 2106 kg/ha em Pindorama -SP , passando por 3842 kg/ha em Patos de Minas-MG, ate 7185 kg/ha em Brasília-DF. Valores intermediários também foram detectados para outras regiões. Isto significa que o risco ao qual estão sujeitos 05 agricultores que cultivam tal espécie é relevante principalmente se se considerar que os fatores que mais estão contribuindo para tais variações 5 de produtividade são de natureza climática e de pouco controle.