Consumo hídrico do pinhão-manso (Jatropha curcas L.) irrigado e sem irrigação na fase de formação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lena, Bruno Patias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-18072013-104451/
Resumo: O conhecimento da demanda hídrica de uma cultura é fundamental para o planejamento da implantação de novas áreas, bem como para a análise da viabilidade econômica de uma cultura em determinada região. A utilização de culturas para fontes de matéria prima alternativa vem sendo altamente estudada nos últimos anos. Dentre muitas, vem se destacando no cenário nacional e mundial a cultura do pinhão-manso (Jatropha curcas L.) para a produção de biodiesel. O consumo de água por parte do pinhão-manso é pouco conhecida, necessitando ser estudada a fim de aprofundar os conhecimentos sobre a cultura e fornecer parâmetros confiáveis para a prática da irrigação. Os objetivos desse trabalho foram determinar a evapotranspiração (ET), a evaporação (E), a transpiração (T), o coeficiente de cultivo (Kc), coeficiente de evaporação (Ke) e coeficiente de cultivo basal (Kcb) do pinhão-manso na fase de formação irrigados por pivô central, gotejamento e sem irrigação na cidade de Piracicaba, SP. O experimento foi realizado na Fazenda Areão da Escola Superior de Agricultura \"Luiz de Queiroz\" da USP durante o período de março de 2012 a abril de 2013. O experimento foi dividido em três tratamentos, sendo: irrigado por pivô central, gotejamento e sem irrigação. A determinação de ET foi realizada por meio lisímetros de pesagem em cada tratamento, contabilizando a variação de massa em função das entradas saídas de água no sistema. A determinação do Kc foi realizada pela razão entre ET e ETo (estimado a partir de dados coletados na estação meteorológicos automática da Fazenda Areão). Por meio de microlisímetros de pesagem, foi determinado E. De posso dos dados de E, foram determinados os valores de T pela diferença de E (determinado no microlisímetro) e ET (determinado no lisímetro). Os valores de Ke e Kcb foram determinados pela razão de E e T por ETo, respectivamente. Os valores de ET variaram, principalmente, em função do método de irrigação. Foi observado uma superioridade dos valores de ET para o tratamento irrigado por pivô central, seguido do tratamento irrigado por gotejamento e sem irrigação. As médias dos tratamentos durante o primeiro ano foram 3,17, 2,82 e 2,82 mm dia-1 para os tratamentos irrigado por pivô central, irrigado por gotejamento e sem irrigação, respectivamente. Essa mesma proporção de ET entre os tratamentos irrigados foi observado nos valores de Kc. A média do período de Kc foi 0,69 e 0,63 para os tratamentos irrigados por pivô central e gotejamento. Essas maiores taxas de ET e Kc do tratamento irrigado por pivô central em relação ao tratamento irrigado por gotejamento foi devido ao método de irrigação por gotejamento ser mais eficiente na utilização de água pelas plantas em relação ao método por pivô central. Nesse método, a água é aplicada de maneira localizada as plantas, diferentemente do método por pivô central, em que a água é aplicada em toda a superfície do solo. Isso faz com que as taxas de E no método por gotejamento seja menor em relação ao pivô central, diminuindo as taxas de ET. De maneira geral, as taxas de E e Ke foram maiores em relação aos valores de T e Kcb durante o período analisado. Isso foi devido as plantas estarem com porte baixo e o solo estar quase por completo exposto as variações atmosféricas, fazendo com que as taxas de E e Ke sejam superiores as de T e Kcb. A média de E e Ke foram 1,85 mm dia-1 e 1,03, respectivamente, e as médias de T e Kcb foram 0,4 mm dia-1 e 0,2, respectivamente.