Determinação do consumo hídrico e desenvolvimento inicial da palma de óleo (Elaeis guineensis Jacq.) fertirrigada com vinhaça

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fanaya Júnior, Eder Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-21032018-105631/
Resumo: Os biocombustíveis, tais como biodiesel e etanol, vem sendo cada vez mais utilizados como substitutos dos derivados do petróleo. O estudo de culturas bioenergéticas tem se expandido no Brasil, sendo instituido no país um Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, visando sua produção a partir de culturas típicas da agricultura familiar brasileira, como, por exemplo, a mamona e a palma de óleo. A cultura da palma de óleo tem maior concentração na região Norte do Brasil, porém, estudos relacionados ao cultivo desta em outras regiões ainda são incipientes. Visando o cultivo desta planta na região sudeste, utilizando a irrigação localizada e disponibilizando nutrientes por meio de um efluente oriundo de outra planta bioenergética, a vinhaça da cana-de-açúcar, este experimento teve como objetivo a determinação da evapotranspiração de cultura da palma de óleo por lisimetria de pesagem, em sua fase jovem e, descrever os efeitos da vinhaça nas características biométricas, clorofila e nos teores de nutrientes foliares desta cultura. O estudo foi realizado em uma área experimental situada na Fazenda Areão da Escola Superior de Agricultura \"Luiz de Queiroz\", USP, em Piracicaba-SP. As mudas foram produzidas em casa de vegetação, sendo transplantadas a campo em outubro de 2015, tendo sido avaliadas de novembro de 2015 a março de 2017. O espaçamento utilizado foi o de 9 x 9 m disposto em triângulo equilátero, totalizando 143 plantas ha-1. Os tratamentos foram dispostos aleatorimente, com três blocos compostos por quatro repetições cada, sendo eles: T1 - irrigação com adubação química; T2 - 50% da dose de potássio (K) via fertirrigação com vinhaça e os outros 50% da dose de K fornecida com a adubação química; T3 - 75% da dose de K via fertirrigação com vinhaça e os outros 25% da dose de K via adubação química; T4 - 100% da dose de K via fertirrigação com vinhaça. O sistema de irrigação utilizado foi o gotejamento. A evapotranspiração da cultura (ETc) foi determinada por lisimetria de pesagem. Ao fim do experimento foi realizada a coleta de folhas para a determinação da concentração de nutrentes. A palma de óleo apresentou valores de ETc e Kc entre 2,16-5,00 e 0,71-1,06 respectivamente, no seu primeiro ano de cultivo irrigado. Em sua fase jovem, a cultura respondeu de forma positiva a fertirrigação com vinhaça, sendo o T3 (75% da dose de K disponibilizado via fertirrigação por vinhaça) o que demonstrou melhores resultados quanto ao crescimento da cultura em Piracicaba-SP. As características meteorológicas em Piracicaba-SP são fatores positivos para o cultivo da palma de óleo na região, contudo, a temperaturas mínimas ocorridas no inverno podem afetar o desenvolvimento da planta.