Modelagem numérica conjunta de processos termomecânicos e superficiais na evolução pós-rifte das bacias do Recôncavo, Tucano e Jatobá

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Felipe Baiadori da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14132/tde-31052024-163112/
Resumo: Processos erosivos e deposicionais atuando na superfície da Terra são responsáveis pela redistribuição de material, alterando a configuração de cargas aplicadas sobre a litosfera ao longo do tempo. A resposta isostática ao deslocamento destas cargas é principalmente determinada pelas propriedades reológicas da crosta e manto superior, e exerce influência direta na evolução da paisagem. Muitos estudos foram realizados com êxito ao longo das últimas décadas a fim de entender a extensão desta influência majoritariamente em contextos tectonicamente ativos. Como resultado, poucos trabalhos tiveram como foco o ajuste isostático relacionado à denudação durante períodos de quiescência tectônica. Neste trabalho, eu investigo a evolução da paisagem no sistema de rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá (NE Brasil) durante a fase pós-rifte usando um modelo numérico termomecânico, auxiliado por variados vínculos geológicos e geofísicos, para simular a resposta dinâmica da litosfera à denudação diferencial ocorrida na região após o estiramento. Constata-se que o padrão de soerguimento observado afetando os flancos de vales fluviais na área é adequadamente explicado por mecanismos flexurais, contanto que o grau de acoplamento litosférico seja baixo. Ainda, a curvatura dos estratos Aptianos mapeados na região aponta uma baixa (< 5 km) espessura elástica efetiva para o sistema de bacias, em conformidade com algumas estimativas anteriores na literatura. Propõe-se que o estado pouco acoplado da litosfera que melhor ajusta as observações pode ser devido a uma combinação de fatores térmicos e litológicos, envolvendo o efeito térmico da cobertura sedimentar, a perturbação do campo de temperaturas relacionada a um underplating magmático, e alteração das rochas crustais inferiores pela interação com fluidos magmáticos em ascensão.