Avaliação dos marcadores das vias de apoptose e proliferação celular em somatotropinomas invasivos e/ou resistentes ao tratamento com ligantes do receptor de somatostatina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Herkenhoff, Clarissa Grobério Borba
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-20122022-122738/
Resumo: Introdução: A acromegalia é uma doença rara, causada na maioria dos casos por um adenoma hipofisário secretor de hormônio do crescimento (GH) e consequente elevação sérica do fator de crescimento similar à insulina 1 (IGF-1). O tratamento de escolha é cirúrgico. A taxa de cura cirúrgica é de aproximadamente 40-70% e assim um grande contingente de pacientes necessita de tratamento medicamentoso adjuvante com Ligantes do Receptor de Somatostatina (LRS). Entretanto, a resposta a estas drogas varia de 30-50%. Fatores prognóstico de resposta aos LRS já foram descritos, todavia não explicam a totalidade dos casos. Objetivos: Avaliar as vias de apoptose e proliferação celular em somatotropinomas invasivos e/ou resistentes ao tratamento com os LRS. Métodos: Em uma coorte de 52 pacientes tratados primariamente com cirurgia foram avaliados por imuno-histoquímica (IHQ) os seguintes marcadores: receptores de somatostatina subtipos 2 e 5 (SSTR2 e SSTR5); marcadores das vias de apoptose e proliferação celular (survivina e 4EBP-1, respectivamente); proteínas do citoesqueleto (filamina e E-caderina); Ki-67; e citoqueratina 18 (CK18) para análise da granulação tumoral. Os achados foram correlacionados com os dados clínicos, laboratoriais e de imagem. Resultados: Baixa expressão de survivina (P=0,04), idade mais jovem (P=0,01), tumores ao diagnóstico com hiperssinal em imagem de ressonância magnética ponderada em T2 (P=0,01), granulação esparsa (P=0,04), GH e IGF-1 pós-operatórios elevados (P=0,04 e P<0,01, respectivamente) e maior resto tumoral (P=0,02) foram associados aos LRS resistentes. Pacientes mais jovens, níveis basais de GH e IGF-1 mais elevados e maior diâmetro tumoral basal foram fatores associados a invasão tumoral (P=0,03; P=0,01; P=0,02 e P=0,04, respectivamente). Menor remissão cirúrgica e baixa expressão de SSTR2 e de E-caderina também se associaram a tumores invasivos (P<0,001; P= 0,03 e P=0,04). A menor expressão de survivina e de E-caderina associaram-se a tumores esparsamente granulados (P=0,03; P=0,03, respectivamente), enquanto a elevada expressão de 4EBP-1 também foi associada a este padrão de granulação (P<0,01). Conclusão: A baixa expressão de survivina surge como um novo marcador de resistência aos LRS e abre uma nova visão para pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de novas opções de tratamento