Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Konuma, Claudia Mayu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-05122005-165138/
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Resumo: |
O objetivo do presente estudo de caso é descrever como o método de administrar" do MST, decorrente da racionalização realizada por seus integrantes sobre a problemática da produção no campo, gera condições humanitárias de trabalho, de produção, de trocas comerciais e de relações sociais. O estudo tem como unidade de levantamento e análise a gestão do trabalho e o processo decisório realizados no Assentamento Dom Tomás Balduíno e tem, como fontes de evidências, seus empreendimentos coletivos produtivos e de benefícios comunitários. Esse estudo constatou que o MST desenvolveu um método" próprio, que se diferencia dos estudos tradicionalmente desenvolvidos pela área de conhecimentos da Administração, por pressupor que é possível transformar uma sociedade predominantemente capitalista em outra em que prevaleçam valores humanitários. Esse método" envolve a organização funcional descentralizada de todo o Movimento, suportado pelo reforço educacional, capacitação técnica e prática nos valores humanitários, articulando a organização coletiva da produção com a atuação política dos participantes. O estudo verificou que as condições humanitárias e solidárias de vida conquistadas pelos trabalhadores em Dom Tomás resultam da interação entre assentados e militantes, estes responsáveis por introduzir no grupo a aplicação do método de administrar". Assim, crianças recebem educação e adultos passam a desenvolver visão crítica, a partir de reflexões teóricas e práticas, inclusive nos princípios cooperativistas. Como trabalhadores, ensaiam seus primeiros passos na autogestão de seus empreendimentos. As famílias começam a consolidar a integração de sua comunidade em função de uma visão de futuro semelhante. Constroem em mutirão equipamentos comunitários de aprendizado e de lazer, realizam o embelezamento das áreas onde vivem, desenvolvem atividades culturais e, principalmente, saem de uma situação de exclusão social para a de inclusão, inclusive, em sua dimensão política. |