Representações de educação em livros de histórias de cidades mineiras (1910-1971)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Resende, Fernanda Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23082017-092222/
Resumo: Buscando compreender uma lacuna existente na pesquisa em História da Educação no Brasil, em relação ao uso de livros de histórias de cidades como fontes privilegiadas para o estudo e pesquisa na área, este trabalho teve como objetivo analisar de que maneira a educação e a escola estão representadas nos livros de histórias de cidades do Estado de Minas Gerais, no período compreendido entre 1910 e 1971. As obras foram escolhidas a partir de um levantamento em 12 mil obras da Coleção Mineiriana da Biblioteca do Instituto Cultural Amílcar Martins ICAM, em Belo Horizonte, MG. Como opção metodológica, foram separados os municípios que são polos das 66 microrregiões mineiras, na tentativa de cobrir parte representativa de todo o Estado de Minas. De todas as obras elencadas que narravam as histórias destes municípios, separou-se as publicadas até 1971, ano da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 5692/71, que extinguiu a modalidade grupos escolares e inaugurou uma nova fase na educação pública brasileira. O livro mais antigo encontrado na Biblioteca do ICAM data de 1910. Foram, ainda, organizadas as obras que citavam, de alguma maneira, a história da educação no município, as escolas, os sujeitos da educação, ou que contivessem menção à educação. Desta maneira, foram analisadas nesta pesquisa 44 livros de histórias de cidades mineiras, que abrangem a história de 26 municípios. O referencial teórico básico que norteou este trabalho foi o conceito de representação de Roger Chartier (2002). O estudo foi organizado em três grandes movimentos. No primeiro, buscou-se compreender a materialidade das obras, esquadrinhando os livros, em relação às datas de publicação, tamanho (em número de páginas), dedicatórias, homenagens e agradecimentos, análise dos sumários e índices e das referências e bibliografias, além de uma análise das imagens das capas dos livros e dos títulos dos mesmos. No segundo movimento, buscou-se compreender quem são os autores dos livros, suas vidas e profissões, as motivações para escrever as obras, e as relações que eles estabeleceram com os leitores, com suas cidades e com seu próprio texto, além de uma análise do processo editorial vivenciado por eles. Enfim, no terceiro movimento, foram analisadas as representações de educação e escolas, refletindo sobre como a escola e seus processos estão ligados à história das cidades. A cidade e a escola se constroem juntas, uma interferindo substancialmente no cotidiano da outra.